A CVS Health anunciou hoje uma reformulação de seu negócio para acelerar sua estratégia omnichanel.
A maior rede de farmácia dos Estados Unidos vai fechar 900 lojas — 10% do total — ao longo dos próximos três anos (300 lojas por ano).
A CVS disse que vai concentrar seus esforços no crescimento digital e também na transformação de suas lojas em pontos de assistência médica.
A rede de lojas físicas continuará sendo parte fundamental do negócio, pois dá à empresa uma vantagem competitiva, já que a capilaridade “complementa as vendas digitais, que estão em rápida expansão.”
A empresa disse que vai focar em três diferentes formatos de lojas.
O tradicional, que vende desde medicamentos até itens como xampus ou leite; o HealthHub, que além de medicamentos oferece serviços como exames para doenças crônicas, consultas terapêuticas para saúde mental e atividades para o bem-estar, como aulas de yoga; e as lojas com serviços de primary care.
Nesse terceiro formato, a CVS oferece o que seria equivalente a um atendimento inicial de um clínico geral no Brasil. A companhia já possui a Minute Clinics, que oferece atendimento para doenças mais comuns, como infecção na garganta, ou vacinação contra a gripe.
A CVS disse que vai definir o formato e a localização das lojas que permanecerão abertas a partir da análise das mudanças no padrão de consumo e da necessidade de assistência de saúde da população.
A nova estratégia da CVS vem num momento em que todo o setor de farmácias americano está se adaptando às mudanças de hábito dos consumidores — muitas delas aceleradas pela pandemia.
As pessoas passaram, por exemplo, a fazer mais consultas por telemedicina e comprar medicamentos online, recebendo o produto em casa ou retirando nas lojas.
Com isso, as empresas estão reavaliando suas estratégias e aumentando em suas lojas a oferta de serviços de saúde, o que estimula o tráfego de clientes. (Na pandemia, essas redes conseguiram aumentar as vendas por conta do maior fluxo de usuários nas lojas, atrás de testes de covid e da vacinação.)
A Walgreens — a maior rival da CVS — é uma das companhias que têm se movimentado nesse sentido.
Em outubro, ela pagou US$ 5,2 bilhões pela VillageMD, que administra uma rede de clínicas com equipe médica própria, e quer abrir mais de 600 consultórios médicos em suas drogarias até 2025.
No mesmo mês, ela comprou o controle da CareCentrix, de planos de saúde, por US$ 330 milhões.