O BTG Pactual atualizou sua recomendação de Natura para compra, com o preço-alvo passando de R$ 40 para R$ 70 ao fim de 2022. 

O papel abriu em alta de 1,5% e negocia ao redor de R$ 55.

Embasando o aumento do preço-alvo: o avanço das iniciativas de digitalização e social selling da Natura, além dos ganhos de sinergia e oportunidades de cross-sell com a integração da Avon.

O BTG acha que a Natura está “bem posicionada para explorar seus canais de venda direta via live commerce”, aumentando o conhecimento da marca, o engajamento dos clientes e otimizando seu custo de aquisição de clientes. “Social selling e e-commerce já eram 11% das vendas da Natura em 2020, e a companhia projeta chegar a 20% até 2023,” escreveu o analista Luiz Guanais.

Para potencializar seu crescimento digital, a Natura também está construindo um ecossistema, adicionando catálogos online e links para pagamentos. A empresa já processa 100% dos pagamentos de seu ecommerce, com um volume anualizado de pagamentos de mais de R$ 4 bilhões. 

O banco lembra que a Natura planeja capturar gradualmente as sinergias com Avon, estimadas em US$ 350-450 milhões em uma base anual recorrente entre 2020-24. A Natura tem 120 projetos de sinergia em andamento e 200 mapeados, entre cadeia de fornecedores, linhas de produção e despesas gerais e administrativas. 

Nas contas do BTG, a ação negocia a 14x o EBITDA estimado para o ano que vem, um desconto de 10% em relação a seus pares globais.