O conselho de administração da Cemig acaba de autorizar a venda de uma fatia de sua participação na Taesa, como antecipado pelo Brazil Journal em julho.
A Cemig vai ofertar 40,7 milhões de units da Taesa, cerca de 40% de suas ações que excedem o controle da empresa de transmissão. (Cada unit é composta por uma ação ON e duas PNs.)
Uma fonte próxima à transação disse ao Brazil Journal que o FIP Coliseu, um fundo de investimentos cujos cotistas são fundos de pensão e o Banco do Brasil, vai se juntar à oferta e vender outras 30 milhões de units.
Com isso, ao preço do fechamento de ontem, a oferta chegaria a R$1,6 bilhão, mas transações deste tipo — como no caso recente da CVC — costumam sair a um desconto.
A oferta será feita nos termos da regulação CVM 476, que permite um operação mais rápida (até 15 dias a partir do anúncio) mas restrita a um número limitado de investidores, e será coordenada pelo Credit Suisse, Merrill Lynch, Banco Votorantim e Banco do Brasil. O Itaú BBA, que estava envolvido no início, não faz mais parte do grupo.
Como já discutimos aqui, a venda de parte de suas ações da Taesa será o primeiro movimento visível da Cemig para reduzir seu endividamento.
A Cemig integra um grupo de controle que detém 65,5% da Taesa: a estatal detém 43,4%, enquanto 22,1% são controlados pelo FIP Coliseu.