Agora que o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) negocia separado do Assaí (ASAI3), gestores estão vendo pelo menos uma opcionalidade no papel.
Um gestor comprado em PCAR3 diz que só a participação do GPA na CNova — a companhia de ecommerce líder de mercado na França — valeria R$ 21 por ação, enquanto o papel negocia hoje a R$ 18,75, depois de uma queda de 72%.
A conta é simples: o GPA tem 34% da C-Nova, que vale € 2,5 bilhões na Bolsa de Paris. Em outras palavras, apenas essa participação valeria R$ 5,7 bilhões (ou R$ 21 por ação), enquanto o novo GPA negocia a um valor de mercado de R$ 5 bi.
“O negócio do GPA no Brasil está com valor negativo,” diz um gestor. “Hoje está tendo um efeito técnico que é todo mundo vender PCAR porque só quer ficar com Assaí.”
Somando-se a isso a operação do Éxito que, nas contas desse gestor valeria R$ 34 por ação, a distorção entre preço e valor seria ainda mais dramática.
Para esse gestor, o GPA possivelmente fará novos movimentos de destravamento de valor, como a venda da CNova e um spinoff do Éxito.
Já o ASAI3 sobe quase 400% em relação ao valor patrimonial de R$ 14,70 usado como referência na cisão. O papel negociava a R$ 70 perto de meio-dia.