No que aparenta ser um ‘turning point’ no pós-pandemia, o resultado do BK Brasil ficou acima do esperado pelo mercado no quarto tri, com recordes em receita e EBITDA.

Para o Credit Suisse, a melhora operacional e o incremento da digitalização do negócio mostram (finalmente) uma recuperação da empresa. A analista Marcella Recchia destacou o forte desempenho das vendas “mesmas lojas”, que tiveram alta de 9,9% no Burger King e de 23% na Popeyes.

A ação do BK Brasil subia 3,7% enquanto o Ibovespa avançava 0,3% por volta das 14h15.

A receita líquida do BKB no 4T21 alcançou R$ 913 milhões, com alta de 18% em relação ao 4T20. O resultado veio 4% acima do esperado pelo CS.

O BK reportou um EBITDA ajustado de R$ 177 milhões, alta de 145%, e a margem EBITDA dobrou, de 9,3% no 4T20 para 19,4% no 4T21. A rede de lanchonetes fechou o trimestre com lucro de R$ 23,6 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 97,3 milhões no 4T20.

As vendas digitais fizeram 33% da receita. Esses canais – que incluem delivery, totem e app – cresceram 81%, também uma marca histórica.

A analista também diz que o aumento das vendas e eficiências de ferramentas digitais melhoraram substancialmente a alavancagem do negócio.

O BK conseguiu compensar parte da pressão de custos graças a um trabalho de revenue management e à busca por maior eficiência em suprimentos. A margem bruta cresceu quatro pontos percentuais.