O JP Morgan acaba de elevar o preço-alvo da BRF — colocando no modelo expectativas melhores para o preço do milho no curto prazo e volumes e preços maiores na exportação de porcos — mas manteve uma recomendação de underweight para a companhia, o equivalente a ‘venda’.

O banco subiu seu preço-alvo para 2023 de R$ 14 para R$ 16,50, ligeiramente acima do preço que a ação negocia hoje (R$ 16,30). 

“Estimamos uma melhora contínua na operação brasileira, depois de um primeiro trimestre fraco, mas margens internacionais afetadas por conta dos preços baixos,” escreveram os analistas.

O JP projeta um EBITDA de R$ 1,6 bilhão para o terceiro trimestre; de R$ 1,73 bi para o quarto trimestre; e de R$ 4,8 bi para o consolidado do ano. Para 2023, a estimativa é de um EBITDA de R$ 6,2 bilhões.

Apesar do momentum positivo de curto prazo, o JP disse que vai esperar ter visibilidade melhor sobre alguns pontos antes de assumir uma postura mais otimista com a ação.

Os principais pontos de atenção: os novos direcionamentos do conselho que foi eleito agora, com a estratégia para cada um dos negócios; o ritmo da alta no preço do milho, dado que o JP estima que o preço suba 27% do patamar atual; a dinâmica competitiva no mercado local; e, por fim, as dinâmicas das margens internacionais da empresa e de sua geração de caixa.

Nas contas do banco, a BRF negocia a 5,5x o EBITDA estimado para o ano que vem e gera um free cash flow yield de 11%.