O BTG está pagando R$ 350 milhões pela Necton, pouco mais de 2% sobre os ativos sob custódia.
A Necton atua no varejo de alta renda e tem um tíquete médio de R$ 150 mil.
A corretora — resultado da fusão das antigas corretoras Concórdia e Spinelli — se reposicionou nos últimos 24 meses como um agente consolidador entre as casas independentes e pequenos agentes autônomos.
O BTG vai tombar sua infraestrutua tecnológica e aumentar a oferta de produtos da Necton, mas vai manter a marca e a operação separadas.
A transação mostra que André Esteves não está mirando apenas agentes autônomos para turbinar a plataforma de investimentos do BTG, que no final do segundo trimestre cruzou R$ 500 bi em ativos sob gestão e administração.
A aquisição é parte da estratégia anunciada pelo BTG no follow-on que levantou R$ 2,6 bilhões do final de junho.
A estratégia começou no ano passado com a compra da Ourinvest, que tinha R$ 5 bilhões sob gestão e que o BTG transformou na BTG Advisors — uma plataforma que contrata profissionais (tipicamente gerentes de banco) para construir sua carteira de clientes dentro da estrutura do BTG.
Este ano, o banco anunciou ainda joint ventures com a EQI e a Lifetime — dois grandes escritórios que estavam na XP — e atraiu uma série de outros escritórios de agentes autônomos.