A Vale é conhecida por ter um dos minérios de mais alta qualidade do mundo.

Agora, a mineradora quer se posicionar como aquela que tem o melhor produto de acordo com a necessidade de cada cliente – no melhor estilo flexible.

Em um momento em que as margens do setor de mineração e siderurgia como um todo estão pressionadas, a Vale percebeu que poderia perder espaço se não ajustasse a direção.

Diante dessa necessidade de mercado, a Vale precisará ser mais versátil. Entre essas novas abordagens com clientes, a Vale prevê entregar blends de produtos para atender diferentes siderúrgicas.

Ou seja, segundo o CEO Gustavo Pimenta, a qualidade deve se ajustar aos cenários de mercado e as decisões sobre o portfólio devem estar centradas na otimização do valor.

“Nosso objetivo é o de transformar a Vale, estabelecendo uma cultura orientada a resultados e com uma flexibilidade que será essencial para o sucesso da empresa em qualquer momento do ciclo,” disse Pimenta durante o seu primeiro Vale Day no comando da mineradora.

O executivo anunciou o guidance da produção da mineradora até 2030. Para este ano, a empresa prevê entregar cerca de 328 milhões de toneladas, passando para um número entre 325 e 335 milhões no ano que vem, de 340 a 360 milhões em 2026 até ultrapassar a barreira de 360 milhões de toneladas em 2030.

Desse total previsto para 2030, o CEO disse que a Vale deve entregar entre 60 e 70 milhões de toneladas de produtos aglomerados, como pelotas e briquetes.

Para entregar esse montante com a maior eficiência possível, a mineradora também quer estar cada vez mais perto dos seus clientes e deve acelerar os seus Mega Hubs, grandes complexos industriais criados e localizados para atender às demandas globais da siderurgia.

Durante o Vale Day, Rogério Nogueira, o recém empossado vice-presidente comercial e de novos negócios, anunciou que a Vale já tem acordos assinados para estudos dos mega hubs em cinco países – Omã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Brasil.

Para o executivo, a demanda por aço continuará crescendo nos próximos anos, impulsionada por fatores como o aumento populacional, urbanização e o maior uso de aço em economias emergentes – mesmo com os desafios da economia chinesa no momento.

“A Vale tem o conhecimento técnico e a infraestrutura para liderar o futuro da indústria de minério de ferro, especialmente com tecnologias como briquetes e mega hubs,” disse Rogério.

Durante o evento, o vice-presidente executivo Carlos Medeiros também chamou a atenção para as melhorias operacionais da Vale, especialmente na área de segurança.

“Reduzimos em 33% a taxa de frequência de acidentes com afastamento e estabelecemos estabelecemos diversos centros de monitoramento com milhares de pontos analisados regularmente,” disse.

A Vale também comunicou que iniciou, antes do previsto, o comissionamento do Projeto de Maximização de Capanema, que vai adicionar cerca de 15 milhões de toneladas de minério por ano no complexo Mariana, em Minas Gerais.

“Além de projetos importantes como Vargem Grande e Capanema, fechamos a parceria com Minas-Rio fortalecendo nossa presença na região,” disse Pimenta.

Com previsão de investir US$ 6,5 bilhões no ano que vem, a Vale quer melhorar a operação para reduzir os custos, que vem pressionando as margens de todo o setor.

A empresa criou um programa de eficiência que visa, entre outras medidas, otimizar as compras, criar soluções digitais para ter uma organização mais enxuta e dar continuidade à busca por eficiência nos custos indiretos. “Até 2030, nosso foco será: excelência operacional, competitividade e redução de custos,” disse Pimenta.

A meta da Vale é o de reduzir o custo C1 – da mina ao porto – de cerca de US$ 22 por tonelada este ano para abaixo de US$ 20 em 2026. Para 2030, a Vale prevê estar operando em um valor entre US$ 18 e US$ 19,50.

Essa é a agenda que o novo CFO Marcelo Bacci estará particularmente de olho. Durante o Vale Day, Bacci afirmou que “com 20 anos de experiência em commodities, acredito que custos baixos são fundamentais para enfrentar a ciclicidade do mercado.”

Desta maneira, diz o CFO, a Vale conseguirá melhorar seus números e trazer um melhor retorno aos seus acionistas.

“A Vale está subvalorizada. Vamos encontrar formas de corrigir essa disparidade, aumentando a nossa competitividade e retorno aos acionistas,” disse Bacci.

Acesse o site da Vale.

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