A Stone acaba de reportar um trimestre de crescimento sustentável e contínua expansão da rentabilidade.

A receita total atingiu R$ 3,6 bilhões no quarto tri, um crescimento de 11% ano contra ano. Já o EBT ajustado, de R$ 778 milhões, foi 22% maior em relação ao mesmo período de 2023, chegando a uma margem EBT ajustada de 21,6%. 

A consequência foi um crescimento acima das expectativas do bottom line. O lucro líquido ajustado da Stone chegou a R$ 2,2 bilhões – acima do guidance de R$ 1,9 bilhão anteriormente divulgado pela companhia.

Com isso, o earning per share (EPS) cresceu 47% na comparação anual, atingindo R$ 7,27 por ação em 2024.

Segundo o CEO Pedro Zinner, esse desempenho reforça o compromisso da Stone em entregar valor aos clientes com escalabilidade e lucratividade. 

Ele define o ano de 2024 como decisivo para a companhia, “marcado por um realinhamento estratégico, o fortalecimento do negócio core de serviços financeiros para MPMEs e uma performance sólida.” 

“Nos últimos dois anos, crescemos a receita a uma média anual de 14%, com 12 pontos percentuais de expansão de margem,” disse Zinner. 

“Nosso EPS cresceu 92% anualmente neste mesmo período, demonstrando uma trajetória de crescimento com rentabilidade e retornos cada vez maiores para os acionistas”

A empresa também teve avanços em suas prioridades estratégicas.

O TPV de cartões do segmento de MPMEs atingiu R$ 403 bilhões, crescendo 15% ano contra ano, ligeiramente abaixo do guidance de R$ 412 bilhões. O motivo foi o avanço do Pix QR code sobre as transações de débito. 

O crescimento acima da indústria, segundo Zinner, representa a continuidade da trajetória de ganho de share. O TPV total (incluindo o Pix) no segmento atingiu R$ 454 bilhões, montante 22% acima do registrado em 2023.

O volume de depósitos fechou 2024 em R$ 8,7 bilhões, um aumento de 46% na comparação anual – e 24% acima do guidance. 

Zinner disse que o crescimento foi puxado pela estratégia de bundling Pagamentos+Conta e do engajamento dos clientes com as soluções financeiras da plataforma.

O take rate de MPMEs fechou 2024 em 2,55% – superando o guidance de 2,49% em 6bps –, impulsionado pela disciplina de preços e pelo crescimento das soluções bancárias e de crédito. 

Já a carteira de crédito atingiu R$ 1,2 bilhão, acima do guidance de R$ 800 milhões, com níveis de inadimplência controlados (o NPL acima de 90 dias ficou em 3,6%).

Estrutura de capital

Após anunciar um plano de recompra de R$ 2 bilhões em novembro de 2024, a companhia anunciou um novo frame de estrutura de capital, que estimava o excesso de capital de aproximadamente R$ 3 bilhões em 31 de dezembro de 2024, líquido de R$ 1,6 bilhão de recompras já executadas.

A companhia espera retornar o capital em excesso para os acionistas, contanto que oportunidades de crescimento que resultem em adição de valor não estejam disponíveis.

“Mesmo frente a um cenário de incertezas, nossa abordagem fundamental se mantém inabalada: compromisso com o pensamento de longo prazo e alocação de capital disciplinada,” disse Zinner.

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