Os investidores brasileiros agora podem ter exposição direta ao bitcoin através do QBTC11, o primeiro ETF 100% bitcoin da América Latina.

Autorizado pela CVM e listado na B3, o ETF utiliza o mesmo índice de referência dos contratos futuros de bitcoin da CME Group, o CME CF Bitcoin Reference Rate.

O QBTC11 começa a negociar nesta quarta-feira na B3 e é o quarto ETF 100% bitcoin do mundo, lançado com apenas quatro meses de diferença para os três ETFs canadenses. Para se ter uma ideia, a diferença entre o primeiro ETF de ouro do mundo e o primeiro ETF de ouro do Brasil é de 18 anos.

Uma nova forma de negociar bitcoins

Com o QBTC11, o Brasil ganha a primeira forma regulada de exposição direta à negociação de bitcoins. Por ser um ETF monoativo, comprar e vender cotas do QBTC11 é quase como operar o criptoativo.

A ideia por trás de um ETF 100% bitcoin é ancorar a segurança jurídica ao melhor desenho de produto possível e oferecer uma opção segura, fiscalmente eficiente e completamente regulada a todo tipo de investidor que deseja exposição direta ao bitcoin. 

Apesar da facilidade de se utilizar corretoras de ativos digitais não reguladas, muitos investidores institucionais não podem alocar o criptoativo comprado nessas corretoras especializadas diretamente em suas carteiras por conta de restrições operacionais e legais.

Para Fernando Carvalho, CEO da QR Capital, o QBTC11 universaliza a adoção do Bitcoin à medida que remove barreiras na operação do criptoativo: “Por ser um ETF listado na B3, o produto é amplamente acessível nas plataformas das corretoras tradicionais brasileiras. Basta digitar o ticker “QBTC11” no terminal/home broker da sua corretora de preferência para ganhar exposição direta à negociação de bitcoins”.

Por fim, com taxa de administração de 0.75% ao ano e uma tributação mais amigável do que fundos multimercado, o QBTC11 é atraente porque é, também, a forma mais barata de conseguir exposição ao bitcoin de maneira regulada: não tem come-cotas, IOF ou tarifas escondidas em operações offshore.

Mais retorno, mesmo risco

Em simulação realizada pela QR Asset Management, gestora de recursos do grupo QR Capital, três carteiras foram desenhadas entre janeiro de 2015 e junho de 2021.

A primeira é 50% alocada em Ibovespa e 50% alocada em CDI. A segunda carteira tem 49% de CDI, 49% de Ibovespa e 2% em bitcoin. Por fim, a terceira carteira tem 47,5% de CDI, 47,5% de Ibovespa e 5% de bitcoin.

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A carteira sem bitcoin demonstrou um amargo resultado de 112% ao longo dos últimos seis anos. Enquanto isso, a carteira com 2% de Bitcoin alcançou 569% e a carteira com 5% de Bitcoin alcançou 1256% no mesmo período.

Em outras palavras, ter 5% de bitcoin em sua carteira pode ampliar consideravelmente seus ganhos sem alterar muito o seu perfil de risco. 

No fim do dia, a maior ameaça que o bitcoin pode representar ao seu portfólio é não ter nenhuma exposição ao ativo.

 

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