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A presença online se tornou cada vez mais significativa na vida das pessoas, inclusive para os mais jovens.
A percepção foi confirmada pelo levantamento exclusivo da Unico em parceria com o Instituto Locomotiva, segundo o qual 75% das crianças e adolescentes brasileiras afirmam ter um perfil próprio em alguma rede social.
A descoberta, feita de forma exclusiva pela empresa líder em soluções para validação da identidade real das pessoas, traz importantes alertas neste Dia Internacional da Proteção de Dados, celebrado em 28 de janeiro.
Muitos desses perfis são totalmente abertos, com fotos e dados de menores expostos a qualquer um — mais precisamente, um terço das contas de crianças e adolescentes são públicas e 47% deste público não faz a gestão de seus seguidores nas redes sociais.
Ou seja, eles adicionam qualquer pessoa que faça uma solicitação e interagem com desconhecidos.
Segundo Diana Troper, Data Protection Officer (DPO) da Unico, os resultados da pesquisa comprovam que a exposição excessiva nas redes sociais é preocupante, especialmente entre crianças e adolescentes.
“Na Unico, por exemplo, estamos comprometidos com ações de letramento digital para pais, educadores, crianças e adolescentes para mostrar que quando informações são compartilhadas dessa forma, criamos um mapa de vulnerabilidades que pode ser explorado por pessoas mal-intencionadas,” disse Diana.
De forma geral, entende-se que na maioria das vezes o perfil da criança nas redes sociais pode ter sido criado pelos pais. No entanto, isso não impede que dados sensíveis desses jovens usuários estejam mais vulneráveis ou mesmo desprotegidos na internet.
Prova disso é que 61% dos filhos têm práticas de exposição – ou seja, compartilham fotos pessoais e de familiares, marcam localizações e identificam membros da família nas redes sociais.
Para se ter uma ideia, 40% desse grupo já postaram fotos suas em ambientes em que frequentam no dia a dia, e 33% fizeram isso usando uniforme escolar ou marcando o arroba da escola que frequentam.
Esse mesmo descuido se repete entre as pessoas mais velhas: nove em cada dez tutores têm práticas de exposição como compartilhar fotos de familiares e filhos e marcar localizações (92%).
Muita confiança, pouca segurança
Muitos pais e responsáveis ainda não entenderam o tamanho do risco de deixarem seus filhos desprotegidos na internet.
Segundo a pesquisa, metade dos pais não configurou o perfil dos seus filhos nas redes sociais para o modo “conta infantil”, permitindo o acesso praticamente irrestrito deles a qualquer tipo de conteúdo e de perfis.
Para piorar a situação, boa parte desses pais acredita que estão fazendo um bom trabalho: o levantamento mostrou que 89% se consideram aptos para prevenir ou reduzir riscos relacionados e que 66% deles acreditam que têm grande controle sobre quem acessa às suas informações.
Porém, essa confiança tem muito de ilusão: a pesquisa identificou que 73% dos pais desconhecem os riscos de pelo menos uma das ações que podem ocasionar vazamento de dados pessoais.
“Estamos trabalhando para promover a conscientização dos adultos para que eles possam transformar conhecimento em atitudes concretas, capazes de garantir a privacidade dos dados pessoais de seus filhos ou familiares em um ambiente digital cada vez mais desafiador,” disse Diana. “É essencial estar informado e incentivar o uso responsável da tecnologia, promovendo uma cultura de privacidade desde cedo.”
Nesse contexto, especialistas da Unico indicam as seguintes boas práticas:
- Sempre verifique a procedência de emails antes de clicar em links e anexos;
- Utilize computadores particulares e esteja atento ao compartilhamento;
- Utilize apenas redes privadas de wi-fi;
- Utilize senhas diferentes nas contas;
- Verifique a origem dos aplicativos antes de baixá-los no celular;
- Procure atualizar softwares e aplicativos com frequência;
- Gere cartões virtuais temporários para realizar compras em sites e aplicativos;
- Destrua documentos antes de jogá-los no lixo.