Os efeitos das mudanças climáticas já são sentidos em todo o mundo, com eventos climáticos extremos, aumento do nível do mar e perda de biodiversidade.

O enfrentamento à crise demanda um esforço envolvendo todos os setores da sociedade, com ação imediata e coordenada em nível global — e as novas gerações desempenham um papel crucial nessa jornada.

Os jovens são os mais impactados pelos efeitos das mudanças climáticas e também os mais motivados a agir. Assim, o ativismo dessa geração em defesa do meio ambiente tem ganhado força.

Um exemplo é o movimento Fridays for Future, liderado pela jovem sueca Greta Thunberg. A iniciativa reúne milhões de jovens em todo o mundo para realizar protestos reivindicando soluções para a crise.

Com as redes sociais e outras plataformas, o compartilhamento de informações sobre os impactos das mudanças climáticas e as ações que podem ser tomadas para resolvê-los têm aumentado nos últimos anos. As novas gerações, assim, também desempenham um papel importante na educação e conscientização sobre as mudanças do clima.

Pesquisadores da consultoria Deloitte entrevistaram mais de 14 mil millennials (nascidos entre o início da década de 1980 e meados da década de 1990) e mais de 8 mil pessoas da geração Z (nascidos a partir do final da década de 1990 até meados dos anos 2010), de 45 países, para produzir o estudo “Millennial & Gen Z Survey 2021”.

O levantamento apontou que a principal preocupação dos jovens da geração Z são as mudanças climáticas – somente depois aparecem outras mazelas também muito importantes, como desemprego, saúde, educação e assédio sexual. Além disso, aproximadamente 60% de todos os entrevistados temem que o comprometimento das empresas no combate à crise seja menor nos próximos anos, por conta dos desafios que a pandemia trouxe para as organizações.

Por isso, a importância do posicionamento das novas gerações na luta contra a crise climática não pode ser subestimada. A juventude está consciente de que o futuro está em jogo e que as decisões tomadas agora terão um impacto duradouro nas próximas décadas.

Descarbonizar o futuro

Descarbonizar a economia é uma parte essencial dessa luta. Isso demanda a substituição dos combustíveis fósseis por fontes renováveis de energia, tais como eólica e solar.

“Com a pressão social global, há uma tendência para o equilíbrio e isso vem com o surgimento de novas tecnologias, com a adaptação dessas tecnologias para a indústria e, principalmente, com a conscientização das novas gerações. São pontos importantíssimos para manter o clima do planeta como a gente conhece,” disse João Valente, diretor de ativos digitais da Ambipar.

Esse cenário tem impulsionado grandes empresas, interessadas em acompanhar esse movimento, a reduzir as emissões de suas cadeias. Porém, não é possível zerar totalmente as emissões de uma cadeia de transporte, por exemplo. É por isso que existe a compensação, que neutraliza a parcela de emissões que não pode ser reduzida.

“A descarbonização é mais um assunto dentro da sustentabilidade. Não podemos esquecer o propósito inicial: reduzir as emissões para evitar os riscos causados pela mudança do clima. A descarbonização representa uma pequena fatia do total,” disse Valente.

Esse é o papel dos créditos de carbono: são projetos que evitam e/ou sequestram o CO2 emitido, por exemplo, pela queima de combustível fóssil (carvão mineral, petróleo e gás natural), atividades industriais, queimadas e desmatamentos, entre outras ações realizadas pelo homem. Esses projetos são baseados em diferentes tecnologias tais como a conservação e restauração de florestas, geração de energia renovável, agricultura e usos da terra, captura e queima de gases em aterros sanitários, dentre outros.

Dessa forma, essa pegada de carbono negativa possibilita compensar as pegadas positivas causadas por emissões de indústrias ou pessoas físicas. É assim que as empresas, financiando projetos ambientais e de preservação, podem neutralizar as liberações de CO2 oriundas de seus processos.

Ambify: impacto positivo no planeta

A Ambify, uma das empresas do Grupo Ambipar, tem o objetivo de mitigar os riscos das mudanças climáticas com ações de impacto positivo para o meio ambiente. “O propósito é auxiliar as empresas a reduzir as emissões”, disse Valente. “Para aquela parcela que não dá para reduzir, nós realizamos ações de compensação.”

É possível exemplificar a necessidade de compensação com eventos de grande porte: eles produzem emissões de poluentes resultantes dos processos do próprio evento, como o consumo de energia, o deslocamento de trabalhadores e a utilização de veículos para montagem e desmontagem de equipamentos, por exemplo. Ou seja, não dá para zerar o impacto – e é aí que a Ambify atua.

A importância desse trabalho está diretamente relacionada ao maior desafio da humanidade neste século: mitigar os riscos das mudanças climáticas. Os diferenciais da Ambify são a popularização e a democratização dos créditos de carbono, por meio da plataforma criada pela empresa, para todos os segmentos do mercado e também para pessoas físicas.

“A plataforma da Ambify oferece uma jornada intuitiva, na qual é possível colocar as refeições que você faz, a forma como você se transporta (carro, moto, ônibus) e gastos de energia. Assim, a plataforma mede sua pegada de carbono e oferece maneiras de compensá-la,” disse o executivo.

A Ambipar é líder em descarbonização. Eleita quatro vezes a melhor desenvolvedora de projetos de carbono florestal do mundo, a empresa conserva a maior área de créditos de carbono do planeta. No total, são 2 milhões de hectares na Amazônia e potencial de geração de créditos de carbono em torno de 4 milhões de toneladas por ano.

Com atuação em mais de 40 países, a companhia conta com 15 mil colaboradores preparados para oferecer soluções e certificações ambientais que garantem a sustentabilidade nos processos corporativos.

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