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Mais do que uma ambição, a internacionalização das empresas brasileiras tem se tornado uma estratégia de negócios para a busca por novos mercados e diversificação de oportunidades – e deve continuar com mais força nos próximos anos.
Segundo um estudo realizado sobre o tema pela Fundação Dom Cabral, mais da metade das companhias ouvidas queria fazer uma expansão para fora do País. Das empresas que já possuíam alguma operação no exterior, 65% previam uma expansão.
“É bastante motivador verificarmos os sinais robustos dessa evolução das empresas brasileiras. A internacionalização, antes mais restrita a grandes companhias, ganha tração entre empresas de tamanhos e setores diversos,” disse André Cury, head de commercial bank do Citi no Brasil e na América Latina.
O relatório também mostrou que uma preparação prévia ajuda na velocidade dessa expansão.
Não à toa, o time de commercial bank do Citi – que atende empresas com faturamento a partir de R$ 250 milhões – tem intensificado os esforços para apoiar empresas que planejam se internacionalizar.
A iniciativa consiste em garantir que os clientes brasileiros possam se beneficiar ainda mais da rede global do banco – com presença em mais de 90 países, sendo 20 deles na América Latina –, e tenham acesso fácil a todos os produtos e serviços oferecidos pelo Citi às grandes multinacionais globais.
Empresas como a fabricante de utensílios domésticos Tramontina (alcançando consumidores em 120 países), a rede de academias Smart Fit (com unidades em 16 países) e a fintech EBANX (que opera pagamentos em 29 países para merchants do mundo inteiro) são algumas das companhias que participam do programa do Citi que amplia o acesso aos mercados internacionais.
“O Brasil sempre foi um forte agente internacional através do canal das exportações mas, atualmente, vejo iniciativas e oportunidades muito além desse canal para as empresas brasileiras,” disse Cury.
Segundo ele, com a oferta de soluções personalizadas do Citi, os clientes vêm investindo cada vez mais e abrindo desde filiais até fábricas no exterior.
“Nós conseguimos atender clientes independentemente do estágio da internacionalização e dos projetos que ambicionem lá fora,” disse.
Rede e serviços globais
Maior banco norte-americano em ativos no Brasil (e o mais globalizado em todo o planeta), o Citi utiliza sua capilaridade para apoiar empresas em suas demandas por crédito para instalação de plantas ou para movimentos de M&A.
Segundo Cury, o Citi tem no portfólio produtos e serviços para todos os momentos e demandas de empresas em suas necessidades “cross-border”: abertura célere e gestão de contas correntes em 90 países, cash management (cobrança e pagamentos), financiamentos à cadeia produtiva (supplier finance), trade finance e financiamentos de longo prazo.
O banco também oferece facilidades exclusivas como o Citi FX Pulse – ferramenta que possibilita a contratação de operações de câmbio de forma eletrônica – e o Citidirect, que é uma plataforma única que permite ao cliente a visualização de modo centralizado de fluxos de entradas e pagamentos em qualquer um dos países onde esteja operando.
Além disso, a partir de plataformas bancárias digitais altamente customizadas, o Citi oferece suporte centralizado às tesourarias e autonomia às subsidiárias locais com produtos e serviços globais em todos os mercados de atuação.
Para o executivo, o acesso a mercados de capitais globais é outro ponto forte do Citi, seja no processo de IPO (abertura de capital) nos Estados Unidos, na emissão de bonds ou na estruturação de dívidas. Foi dessa forma, segundo ele, que a Smart Fit avançou em sua expansão geográfica: a partir de operações de empréstimo sindicalizado para acelerar sua internacionalização para o México, a Smart Fit se tornou uma das maiores redes de academias do mundo.
“Em vez de entrar em contato com um banco diferente por país, a empresa pode simplesmente ter uma solução integrada, reduzindo custos e gerando ganhos de eficiência para focar no seu negócio core,” disse Cury.
Essa “globalidade” garante ainda outro diferencial importante, segundo o executivo: com uma rede de profissionais globais, o banco consegue compartilhar com clientes conhecimento sobre particularidades de mercados locais – um ativo valioso para empreendedores que vão desbravar novas regiões e, eventualmente, crescer inorganicamente.
Avanço com sucesso
A decisão de internacionalizar um negócio não é trivial. O caminho entre o início do processo e o sucesso de uma operação internacional é permeado por inúmeros e diferentes obstáculos – e antigamente era ainda mais complicado.
No fim dos anos 1980 e no decorrer da década seguinte, a internacionalização das empresas brasileiras aconteceu de maneira bastante gradual, ainda concentrado em um número reduzido de companhias. As empresas que nesse período resolveram encarar o desafio e tiveram êxito são estudadas até hoje em escolas de negócios no País.
Mas essa realidade começou a mudar, especialmente a partir da última década (e com mais força a partir dos anos 2020). Cury disse que foi um momento em que o reposicionamento das cadeias globais de valor tornou mais evidente a necessidade de diversificação de mercados.
“E o Citi fez parte de todos esses momentos. Desde que chegou ao Brasil, em 1915, o banco tem se empenhado em promover o progresso econômico e incentivar negócios sustentáveis,” disse Cury.
O executivo vê a história do Citi se cruzando com a de grandes empresas globais – desde as primeiras que vieram de fora para se instalarem no Brasil até as primeiras brasileiras que decidiram partir para o exterior.
“O que estamos fazendo hoje é ampliar o escopo desse trabalho, criando as condições para que as empresas brasileiras aproveitem oportunidades crescentes em um cenário de nearshoring, friendshoring e novos corredores comerciais,” disse.
O momento para isso é oportuno.
Com a intensificação de tensões geopolíticas, negócios brasileiros internacionalizados podem se beneficiar – seja com implantação de operações em outros países para navegar mais facilmente em um mundo mais fechado ou aproveitando sua própria origem na América Latina e seu grande número de acordos comerciais.
O executivo vê oportunidades desde indústrias de transformação, passando pelo setor de serviços e, claro, indo até empresas disruptivas como fintechs.
“Como um banco verdadeiramente global, sentimos muito orgulho de todas as empresas que apoiamos nessa jornada de internacionalização. Queremos apoiar ainda mais a conquista de novos mercados pelas empresas brasileiras,” disse Cury.