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O mundo está em uma nova corrida do ouro – mas, desta vez, o ativo precioso é totalmente digital e com um limite de 21 milhões de unidades.
Nos últimos anos, empresas e governos começaram a acumular Bitcoin como reserva de valor e entraram em uma disputa franca para ver quem chega primeiro a um novo padrão monetário global.
A OranjeBTC nasceu para acelerar a adoção do Padrão Bitcoin nacionalmente e colocar o Brasil e a América Latina nesse novo mercado, a partir de uma tesouraria robusta de Bitcoin com iniciativas de educação financeira.
“O que está acontecendo é uma nova corrida do ouro, uma nova corrida espacial – e a OranjeBTC veio para representar o Brasil nessa jornada,” disse Guilherme Gomes, fundador e CEO da OranjeBTC.
No início de outubro, a empresa estreou na B3 com o ticker OBTC3 e se tornou a primeira empresa listada da América Latina com estratégia 100% voltada ao Bitcoin – também chamada de bitcoin treasury.
Uma bitcoin treasury é uma empresa que acumula Bitcoin em seu balanço, tratando o ativo como uma reserva de valor de longo prazo – assim como outras empresas mantêm caixa em dólar ou títulos públicos.
Hoje, a OranjeBTC possui mais de 3.700 Bitcoin em tesouraria – o equivalente a mais de R$ 2 bilhões. Com esse montante, a empresa já está posicionada entre as 30 maiores bitcoin treasuries do mundo, segundo Gomes.
Por trás da OranjeBTC há um time com experiência sólida em finanças, educação e ativos digitais.
Além de Gomes e do cofundador e CFO, Guiga Ferreira, o conselho reúne nomes de peso: Fernando Ulrich, economista e autor do primeiro livro sobre Bitcoin em português; Eric Weiss, investidor americano que apresentou o ativo a Michael Saylor, fundador e presidente da Strategy, atualmente a maior bitcoin treasury do mundo; Josh Levine, ex-executivo da BlackRock e da Bridgewater Associates; e Julio Capua, cofundador e ex-CFO da XP Inc.
Mas, afinal, por que investir em uma empresa como a OranjeBTC em vez de comprar o ativo diretamente? De acordo com Gomes, quem compra ações da companhia está ganhando uma exposição alavancada ao Bitcoin, “algo que pessoas físicas ou fundos dificilmente conseguem ter.”
Isso acontece porque a OranjeBTC usa diversas estruturas financeiras, como dívidas conversíveis de longo prazo e sem juros, para comprar Bitcoin.
Com essa estratégia, a companhia aumenta o número de Bitcoin por ação e sem o risco de chamada de margem – já que os credores podem converter o crédito em ações.
“Nosso modelo permite crescer o montante de Bitcoin por ação, como faz a Strategy nos Estados Unidos,” disse o fundador da OranjeBTC. “Esse é o indicador que realmente importa para quem acredita no ativo.”
“O brasileiro pensa em superar a Selic. Nós temos o Bitcoin como base para nossas decisões financeiras – que entregou 65% ao ano em reais nos últimos cinco anos,” disse.
Segundo Gomes, uma bitcoin treasury oferece um tipo de exposição distinta de um ETF, por se tratar de uma companhia – e não de um fundo – capaz de se alavancar, integrar índices, receber alocações passivas e, a partir do Bitcoin em seu balanço, desenvolver novas linhas de negócios voltadas para esse mercado.
Diferentemente dos ETFs, esse modelo não cobra taxa de administração, o que representa mais um diferencial para investidores de longo prazo.
Além disso, Gomes explica que, como a OranjeBTC é uma empresa regulada e listada na B3, ela se torna uma alternativa para investidores que não podem comprar o ativo diretamente, como gestoras nacionais, fundos de pensão, seguradoras e investidores internacionais com mandatos para investir em renda variável de países emergentes.
Dessa maneira, a OranjeBTC quer popularizar o Padrão Bitcoin – um modelo em que todas as decisões da companhia são tomadas tendo o ativo como referência
A companhia negociou contratos e fornecedores com pagamentos atrelados ao ativo – e até os salários da diretoria. Com isso, se o preço do Bitcoin cair, os custos da empresa também caem.
A ideia é pensar e operar dentro da nova lógica monetária global, em que o Bitcoin deixa de ser uma aposta e se torna uma unidade de valor e referência econômica.
Educação como pilar central
Mais do que uma estratégia de tesouraria, a OranjeBTC incorpora a educação como parte fundamental de sua atuação.
A empresa irá produzir e disseminar conhecimento sobre Bitcoin e finanças digitais, com iniciativas que incluem aulas, papers, cursos online e eventos. O objetivo é simples: difundir conhecimento, consolidar o uso do Bitcoin e preparar indivíduos e instituições para navegar na nova era dos ativos globais.
O primeiro evento, inclusive, já está marcado: o OranjeBTC Summit acontecerá no próximo dia 6 de novembro no coração da Faria Lima.
“O Brasil tem um mercado de capitais sofisticado, mas pouca educação com foco no Bitcoin,” disse Gomes. “Queremos preencher esse vácuo e produzir conteúdo de qualidade institucional sobre esse ativo.”
Em destaque: toque da campainha da B3 na estreia da OranjeBTC (OBTC3) na Bolsa brasileira, em 07 de outubro de 2025.






