No ano em que completa 65 anos, a Copersucar está adotando um novo posicionamento de olho nos próximos 65.

Com o propósito de “nutrir e mover o mundo com a força do vínculo”, a líder global na venda de açúcar e etanol quer se consolidar como uma empresa que contribui para a transição energética e a segurança alimentar.

“A nossa trajetória foi marcada pela colaboração,” disse o presidente da Copersucar, Tomás Manzano. “Queremos valorizar a essência do nosso passado, com os olhos num futuro de inúmeras oportunidades.”

Para marcar essa nova fase, a empresa mudou sua logomarca, apostando em cores e grafismos mais modernos.

“Mas a alma continua a mesma,” disse Manzano.

A Copersucar nasceu  como uma cooperativa em 1959, e desde então deu um salto gigantesco. A companhia hoje é um ecossistema de negócios que conecta 38 usinas associadas (a maior base de produção de cana-de-açúcar do mundo), 17 destilarias de etanol de milho nos Estados Unidos, além de um eficiente sistema logístico nos dois países e um conjunto de empresas investidas no Brasil e no mundo.

Resultado: a empresa se tornou a líder global na comercialização de etanol e açúcar e figura entre as grandes comercializadoras de gás natural dos EUA. No etanol, comercializa mais de 15 bilhões de litros por ano com presença relevante no Brasil e EUA, os maiores mercados do produto, e contribui para evitar a emissão de 37 milhões de toneladas de Co2, o equivalente ao consumo anual de aproximadamente 18 milhões de veículos movidos a gasolina.

Além disso, contribui para a alimentação de cerca de 525 milhões de pessoas, com um volume médio de 12 milhões de toneladas de açúcar comercializados por ano em mais de 70 países.

A empresa também se tornou um portento logístico. A Copersucar opera um sistema logístico multimodal, com um terminal portuário de larga escala em Santos, com capacidade de movimentação de 8,5 milhões de toneladas de açúcar e grãos por ano, dois terminais de transbordo de açúcar no interior de São Paulo e doze terminais de distribuição nos Estados Unidos, sendo dez deles dedicados ao etanol, um ao gás natural e um ao diesel renovável.

É também acionista da Logum, um sistema dutoviário para transporte de etanol com cerca de mil quilômetros de dutos em operação.

Mas a empresa quer mais. Para Manzano, a cana-de-açúcar combina eficiência, larga escala e baixíssima pegada de carbono, posicionando a Copersucar como uma referência na comercialização de etanol e no potencial de novos biocombustíveis.

Não por acaso, a Copersucar vem investindo cada vez mais em energia elétrica renovável – gerada a partir de biomassa – e também tem como foco o desenvolvimento do mercado de biometano.

No caso do biometano, a empresa prevê que suas usinas associadas terão o potencial de produzir cerca de 2 milhões de m³ por dia, que se utilizados para substituição de diesel evitariam o consumo de 550 milhões de litros de diesel por ano, o equivalente à emissão de 1,4 milhões de toneladas de Co2 evitadas todos os anos.

Além disso, a empresa quer descarbonizar o setor aéreo – um dos maiores vilões do aquecimento global. A Copersucar pretende viabilizar uma nova rota para produzir o SAF (o combustível sustentável de aviação) a partir de biogás e biometano.

Outra via de crescimento será o mercado livre de energia. Em abril, a empresa anunciou a compra de 50% da Newcom, uma subsidiária da Comerc, do grupo Vibra Energia.

A Copersucar está de olho nas sinergias desse mercado, já que suas usinas cooperadas geram 8.000 GWh por ano (cerca de 15% de toda a geração de energia de biomassa no Brasil). Para se ter ideia, isso equivale ao consumo de energia elétrica de uma cidade do tamanho de Paris.

“Queremos ser os embaixadores da bioenergia no mundo,” disse Manzano. “E o Brasil tem tudo para ser a alavanca deste crescimento.”

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