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O PicPay divulgou os resultados do seu primeiro semestre com um ótimo sinal ao mercado: enquanto as receitas sobem, os custos continuam sendo os mais baixos do setor.
“Mais uma vez mostramos nossa capacidade de crescer com rentabilidade e eficiência. Ampliamos o resultado, o engajamento dos clientes e, ao mesmo tempo, trabalhamos na expansão de novas avenidas de crescimento para consolidar o PicPay como principal banco de milhões de brasileiros,” disse Eduardo Chedid, CEO da empresa.
A receita média por cliente (ARPAC) do PicPay chegou a R$ 60,50, um salto de 76% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Detalhe: o custo de servir ficou estável em R$ 19. Ou seja, a receita por cliente é três vezes maior do que o custo do banco com ele – essa relação era cerca de 1,5x há um ano.
Em comparação com os grandes bancos, o custo de servir do PicPay é cerca de 20 vezes menor.
“O que esses números mostram é a sustentabilidade do nosso modelo: conseguimos aumentar a ativação da base e monetizar mais rápido, sem perder eficiência,” disse André Cazotto, diretor de RI, M&A e estratégia do PicPay.
Esse descolamento entre receita e custo foi um dos principais motores do semestre, em que o banco digital triplicou o lucro líquido em relação a um ano antes, chegando a R$ 208 milhões. A receita, por sua vez, disparou 91% no mesmo período, para R$ 4,5 bilhões.
Já em número de contas, o PicPay chegou a 64 milhões – um crescimento anual de 13%.
Segundo Cazotto, a evolução do PicPay de uma wallet para um banco completo foi decisiva para melhorar os números e aumentar a principalidade dos seus clientes: hoje, 32% dos 41 milhões de clientes ativos – 10 pontos acima do registrado em 2024. A companhia considera “principal” o cliente que deposita ao menos 50% da renda no app por meses consecutivos.
Esses números foram alcançados por causa do aumento de serviços e produtos oferecidos pelo PicPay e a melhora da experiência do cliente em seu app. “Produtos como o PicPay Card e os Cofrinhos têm sido determinantes para o engajamento dos clientes,” disse.
Isso ajudou, de acordo com o executivo, a aumentar a quantidade de produtos contratados pela nova safra de clientes. Em média, os novos clientes já entram no PicPay contratando dois produtos e aumentam para quatro em até quatro trimestres.
Resultado: um aumento de 31% do cash-in no primeiro semestre, chegando a quase R$ 220 bilhões – somente em junho foram R$ 39 bilhões.
O crédito foi outro grande motor. A originação de empréstimos cresceu 60% e chegou a R$ 4,7 bilhões no semestre.
Já a carteira de crédito total – que contempla empréstimo pessoal, cartão de crédito, consignado e antecipação do FGTS – chegou a R$ 16 bilhões, praticamente triplicando o número registrado no ano anterior.
A diversificação do negócio vem junto com uma forte disciplina de custos. O índice de eficiência – indicador que mostra quanto o banco gasta para gerar receita – caiu mais de 20 pontos em um ano, para 56%, abrindo espaço para um ROE anualizado de 20,3%
Segundo Cazotto, o custo com clientes do PicPay é o mais baixo de todo o setor, inclusive em comparação aos bancos digitais.
Enquanto alguns rivais estão apostando numa expansão internacional, o PicPay pretende continuar focando no Brasil pelos próximos anos.
“O Brasil segue como nossa prioridade absoluta. Com a base que já temos e novas avenidas de crescimento, ainda há muito espaço para expandir antes de pensar em outros mercados,” disse o executivo.
A fintech também vem apostando em aumentar a sua participação nas contas PJ, em especial dos microempreendedores individuais. Na adquirência, o volume transacionado no segundo tri saltou 52% e chegou a R$ 14 bilhões.
“Mas quando a gente fala PJ, não é só adquirência, não é só a carteira digital, é de fato uma estratégia também de oferecer mais banking e crédito – e queremos atender bem esse cliente,” disse.