O Bradesco elevou sua recomendação para o Banco do Brasil, chamando o banco estatal de “uma fortaleza protegida por uma alta lucratividade, um sólido capital e dividendos atrativos.”
A recomendação passou de ‘neutra’ para ‘compra’ com um preço-alvo de R$ 60 por ação, um potencial de alta de cerca de 28%.
O analista Gustavo Schroden disse que o upgrade tem a ver com um valuation “muito atrativo”, um crescimento “decente” dos lucros, de 10% no ano que vem, e um dividendo “bem acima” da média dos grandes bancos.
“O Banco do Brasil deve manter um bom crescimento do net interest income (NII) em 2024, apesar de uma esperada desaceleração, enquanto a qualidade de seus ativos parece estar sob controle, o que deve permitir uma estabilidade no cost of risk,” escreveu o analista.
Por conta disso, o Bradesco estima que o BB deve entregar bons resultados ano que vem, com um ROE entre 20% e 21%.
O analista elevou sua projeção para o lucro recorrente do BB em 7,2% no ano que vem, para R$ 38,5 bilhões, e em 11% para 2025, para R$ 41,1 bilhões. Após esse aumento, o Bradesco está 5,2% e 12,5% acima do consenso do sellside, respectivamente.
O Bradesco diz ainda que admite que o Banco do Brasil tem riscos maiores por ser uma estatal, mas o banco entregou melhoras grandes nos resultados e mesmo assim continua sendo negociado com um desconto relevante.
Nas contas do Bradesco, o BB negocia a 0,8x o book e a 3,5x o lucro estimado para o ano que vem — descontos de 16% e 39% em relação à média histórica.
Outro atrativo do banco são seus dividendos. O Bradesco estima que o BB vai pagar um dividend yield de 11,6% no ano que vem, em comparação a uma média de 4,5% dos grandes bancos brasileiros.
O top pick do Bradesco no setor continua sendo o Itaú, seguido pelo Banco do Brasil e BTG Pactual.