A BR Partners performou melhor que o mercado ao longo do dia depois que o Citi começou a cobrir o papel com uma recomendação de ‘compra’.

A ação fechou em alta de 0,8% num dia em que o Ibovespa subiu 0,2% e em que várias ações de primeira linha caíram forte.

O analista Rafael Frade disse que com a melhora esperada no mercado de capitais, a BR Partners deve colher os benefícios de seus investimentos recentes, o que deve aumentar a lucratividade estrutural do negócio.

“Modelamos uma recuperação conservadora do mercado de capitais no Brasil, com a BR Partners sendo um beneficiário natural,” escreveu Frade.

O Citi notou que a companhia negocia a 8x o lucro estimado para este ano e um price to book de 1,6x — neste múltiplo, o desconto é de 25% em relação à sua média histórica e de 30% em relação ao BTG Pactual. 

O Citi colocou um preço-alvo de R$ 18 para a ação, um upside potencial de 55% em relação ao preço de tela.

Para o analista, a BR Partners melhorou seu balanço com os recursos do IPO, mas ainda não foi capaz de alocar esses recursos completamente por conta da piora dos mercados — o que pode se reverter agora. “Como resultado, mudanças nas receitas impulsionadas por uma melhora no mercado de capitais podem se traduzir num ROE mais elevado.”

O Citi espera uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 12% até 2025, com uma expansão de 4 pontos percentuais no ROE no mesmo período, para 22%. 

O Citi também destacou o forte alinhamento entre o management e os acionistas minoritários. Hoje, os 27 sócios da partnership da BR Partners têm 55% do capital do banco; os sócios entram e saem da partnership a book value. 

“A companhia também tem pago dividendos consistentes, o que consideramos uma prática amigável com os acionistas. Continuamos modelando um payout de 70% do lucro baseado em nossas conversas com a empresa.”