A BR Partners anunciou que está entrando na gestão de fortunas — um novo segmento que deve fortalecer a franquia do banco de investimentos e promover o cross-selling com suas outras áreas de atuação.

O wealth management será tocado por três ex-sócios sêniores da Reliance, adquirida pelo Julius Baer em 2018, e que estavam lá até junho.

Álvaro Aguiar e Rafael Lisboa serão responsáveis pelo relacionamento com os clientes, e o chief investment officer será Rodrigo Moraes. Os três se tornarão sócios do banco.

“Além de longa experiência no ramo de gestão de recursos, o Álvaro, o Rafael e o Rodrigo são empreendedores experimentados que já criaram, cresceram e venderam uma das empresas de maior sucesso no Brasil,” Ricardo Lacerda, o fundador do banco, disse ao Brazil Journal.

Os executivos começarão na BR Partners na semana que vem, depois de cumprir seu garden leave, e se reportarão a José Flávio Ramos, que liderou por quatro anos o family office de José Safra e hoje é um dos sócios mais sêniores da BR Partners.

Com a entrada em wealth management, a BR Partners está tentando capturar a liquidez que gera para os clientes nas transações de seu banco de investimento. Desde sua fundação em 2009, o banco já assessorou R$ 137 bilhões em vendas de ativos a empresas e famílias.

O banco disse que sua plataforma “será aberta e com acesso a um leque diversificado de produtos de investimento, inclusive com presença internacional,” e que os clientes terão acesso ao acompanhamento digital de seus investimentos, bem como assessoria tributária e planejamento financeiro.

A decisão de montar o negócio organicamente veio depois que a BR Partners passou meses conversando com diversos players deste mercado. De acordo com José Flávio Ramos, “uma eventual aquisição esbarrou em questões de preço e cultura, e a contratação de uma equipe robusta se mostrou o caminho mais adequado à estratégia do banco de crescer com rentabilidade”.

A BR Partners vale R$ 1,65 bilhão na Bolsa.