A B&Partners adquiriu o controle da agência de publicidade digital Ampfy, sua nona aquisição desde que foi fundada sete anos atrás.
A empresa de Bazinho Ferraz assumirá a participação dos sócios Pedro Cabral e Alexandre Hohagen na Ampfy, enquanto o cofundador Gabriel Borges e o CEO André Chueri seguem na operação.
Com a aquisição, a B&Partners passa a ter 18 empresas na casa, com atuação em mídia, tecnologia, ESG, criação de conteúdo, marketing de influência e retail media.
“Trabalhamos como uma aceleradora de agências especialistas e agora queremos apostar mais em publicidade digital, e a chegada da Ampfy dá esse reforço,” Bazinho disse ao Brazil Journal.
No ano passado, a Ampfy cresceu 45% em margem e 20% em receita em relação ao ano anterior. Hoje a agência tem 260 profissionais; com a aquisição, a B&Partners passa a ter 1,3 mil colaboradores atendendo a 280 clientes.
Segundo Bazinho, o ecossistema da B&Partners deve movimentar R$ 1,3 bilhão em verbas publicitárias este ano e fazer uma receita de R$ 650 milhões – um crescimento de 60% em relação ao ano anterior.
Chueri, o CEO da Ampfy, disse que a integração com a holding vai ampliar a oferta de serviços para além da criatividade, incorporando tecnologia e dados.
A ideia é transformar a agência em um one-stop-shop para clientes que ainda recorrem a outras empresas para suas entregas criativas. “O objetivo é poder oferecer tudo o que os clientes querem e pedem sob o mesmo teto,” disse André.
Bazinho disse que, diferentemente dos grupos globais de publicidade, a tese da B&Partners não passa por comprar e integrar totalmente a nova operação, extinguindo a marca da agência.
Bazinho vendeu sua participação do Grupo ABC e recomprou a agência BFerraz em 2015, após a a aquisição do ABC pela Omnicom.
“Eu não ‘mato’ marca nem tiro os sócios do negócio. Somos uma house of brands de especialistas. Quero que eles façam parte do projeto como um todo, sem que a marca da agência seja apagada,” disse o CEO da B&Partners.
A empresa pretende ainda dar tração a seu projeto de internacionalização. Hoje 17% do faturamento vem do exterior, mas a meta é chegar a 40%. “Estamos procurando parceiros em outros mercados e a partir de 2026 podemos realizar aquisições em outros países.”