O investidor estrangeiro já colocou R$ 9,5 bilhões no mercado de ações brasileiro em outubro — elevando o fluxo líquido do ano para R$ 79,5 bilhões, o maior volume (com folga) desde 2016.

Em dólares, o número ainda é pífio — mas é melhor do que nada.

Para se ter uma ideia, em 2016 e 2017, o fluxo havia sido positivo em cerca de R$ 14 bi por ano, seguido de retiradas líquidas todos os anos entre 2018 e 2021.

O fluxo positivo deste mês vem depois de um setembro fraco, no qual o fluxo de estrangeiros para a Bolsa ficou praticamente flat: uma retirada de cerca de R$ 500 milhões.

Os dados foram compilados pelo BTG Pactual.

O relatório, enviado hoje a clientes, mostra ainda que o Brasil continuou ganhando share na alocação dos fundos globais, em comparação com outros mercados emergentes. 

Em outubro, a participação do Brasil na carteira dos fundos focados na América Latina subiu 1,15 ponto, para 61,31%. Desde o início do ano, a alta já é de 6,2 pontos. 

A participação do Brasil no portfólio nos fundos globais focados em emerging markets também subiu no período, de 6,47% para 6,99%.