Acabou o mistério.

O SPAC da Pershing Square, a gestora de Bill Ackman, deve se fundir com a Universal Music, avaliando a maior gravadora do mundo — dona de selos como EMI, Motown e Abbey Road Studios, que gravou os Beatles e o Pink Floyd — em cerca de US$ 42 bilhões (incluindo a dívida).

O Wall Street Journal, que reportou as negociações agora há pouco, disse que o negócio seria a maior transação de um SPAC da história.

Ackman sempre disse que seu SPAC buscaria uma empresa icônica, e as especulações envolviam nomes como a Bloomberg e a Stripe.

No mês passado, ele disse que sua equipe havia encontrado um “negócio icônico, fenomenal, com uma excelente equipe de gestão que atende a todos os nossos critérios”, e que estão trabalhando desde novembro para botar o negócio de pé.

O SPAC tem US$ 4 bilhões para comprar uma fatia minoritária na Universal,  mas sempre pode trazer co-investidores.

Graças à reputação de Ackman, seu SPAC sempre negociou bem acima do valor do IPO, de US$ 20 por ação — ou seja, o mercado paga um ágio para estar com ele no mesmo barco. Hoje, o papel fechou a US$ 25.

Mas a primeira reação do mercado parece ser tépida: depois da notícia do WSJ, o papel cai 7,5% no after hours em Nova York.

O jornal disse que não há garantias de que a Universal e o SPAC — Pershing Square Tontine Holdings — chegarão a um acordo, mas a transação pode ser anunciada nas próximas semanas e não estaria sujeita a nenhuma diligência adicional.