Depois que o ‘rali do impeachment’ já fez o índice Bovespa ganhar quase 40% desde o começo do ano, a dúvida é se há espaço para que a bolsa brasileira continue subindo.
Para o UBS, a resposta é não.
E por uma razão muito simples: o lucro das empresas que compõem o índice não está avançando na velocidade que o mercado espera. Basta olhar os balanços do primeiro semestre.
O consenso das projeções aponta uma alta acumulada de 40% no lucro das empresas do Ibovespa em 2016 e 2017. Mas, no segundo trimestre, o lucro caiu 17% — melhor que a expectativa, que apontava para queda de 22%, mas ainda longe de dar suporte a um curto prazo tão otimista.
Neste ano, os cortes nas projeções de lucro têm sido recorrentes. Nos cálculos do banco, o consenso sobre os lucros de 2016 já caiu 5% e, para 2017, 14%. E mais cortes virão.
“A menos que os resultados comecem a realmente surpreender para cima (o que não saberemos ao certo pelo menos até outubro), esperamos que o mercado fique de lado o resto do ano”, ponderam os estrategistas Alan Alanis e Sambuddha Ray em relatório.
O UBS criou um método para avaliar o impacto das variações na expectativa de resultado sobre o preço das ações, e concluiu que esse é um fator preponderante.
Coletou as expectativas de lucro por ação para os próximos 12 meses no fim de cada mês e comparou com as projeções para o mesmo período que estavam disponíveis um, dois e três meses antes, atribuindo a elas peso de 60%, 30% e 10%, respectivamente. Resultado: na série histórica, aquelas empresas cuja perspectiva de lucro aumentou performaram muito acima das que tiveram revisão para baixo na projeção.
Hoje, calcula o banco, se considerado um múltiplo de preço/lucro de 12 vezes, similar à média pré-recessão, o Ibovespa a 59 mil pontos embute um crescimento de 38% no lucro das empresas que fazem parte do índice – semelhante ao atual consenso de expectativas.
“Em outras palavras, para que o Ibovespa suba mais, os lucros precisam ser revisados para cima, ou o mercado precisa negociar a múltiplos muito acima dos níveis históricos”, dizem.
O UBS recomenda aos clientes a compra de Klabin, Sabesp, Cteep e Telefônica — empresas cujas expectativas de lucro subiram, mas cujas ações performaram abaixo da média do índice nos últimos seis meses.
Usando a mesma metodologia, o banco recomenda a venda de Gol, Banco do Brasil e BM&F Bovespa, empresas que tiveram suas projeções de lucro revisadas para baixo mas se valorizaram mais que o Ibovespa.
O consenso das projeções aponta uma alta acumulada de 40% no lucro das empresas do Ibovespa em 2016 e 2017. Mas, no segundo trimestre, o lucro caiu 17% — melhor que a expectativa, que apontava para queda de 22%, mas ainda longe de dar suporte a um curto prazo tão otimista.
Neste ano, os cortes nas projeções de lucro têm sido recorrentes. Nos cálculos do banco, o consenso sobre os lucros de 2016 já caiu 5% e, para 2017, 14%. E mais cortes virão.
“A menos que os resultados comecem a realmente surpreender para cima (o que não saberemos ao certo pelo menos até outubro), esperamos que o mercado fique de lado o resto do ano”, ponderam os estrategistas Alan Alanis e Sambuddha Ray em relatório.
O UBS criou um método para avaliar o impacto das variações na expectativa de resultado sobre o preço das ações, e concluiu que esse é um fator preponderante.
Coletou as expectativas de lucro por ação para os próximos 12 meses no fim de cada mês e comparou com as projeções para o mesmo período que estavam disponíveis um, dois e três meses antes, atribuindo a elas peso de 60%, 30% e 10%, respectivamente. Resultado: na série histórica, aquelas empresas cuja perspectiva de lucro aumentou performaram muito acima das que tiveram revisão para baixo na projeção.
Hoje, calcula o banco, se considerado um múltiplo de preço/lucro de 12 vezes, similar à média pré-recessão, o Ibovespa a 59 mil pontos embute um crescimento de 38% no lucro das empresas que fazem parte do índice – semelhante ao atual consenso de expectativas.
“Em outras palavras, para que o Ibovespa suba mais, os lucros precisam ser revisados para cima, ou o mercado precisa negociar a múltiplos muito acima dos níveis históricos”, dizem.
O UBS recomenda aos clientes a compra de Klabin, Sabesp, Cteep e Telefônica — empresas cujas expectativas de lucro subiram, mas cujas ações performaram abaixo da média do índice nos últimos seis meses.
Usando a mesma metodologia, o banco recomenda a venda de Gol, Banco do Brasil e BM&F Bovespa, empresas que tiveram suas projeções de lucro revisadas para baixo mas se valorizaram mais que o Ibovespa.