A Amazon estaria negociando com a Azul um contrato para transportar sua mercadorias no Brasil.  A notícia é da Reuters, que cita duas fontes com conhecimento do assunto.
 
Segundo a agência, as fontes não especificaram em que estágio se encontram as conversas, nem disseram se a Amazon também está falando com as concorrentes da Azul.
 
Um concorrente da Azul disse ao Brazil Journal que a Amazon tem conversas com todas as companhias aéreas. “Por ora é só sondagem e não há nada estruturado.”
 
No mercado, a notícia foi recebida com ceticismo porque a Amazon não costuma trabalhar com um único fornecedor de distribuição e logística. Nos EUA, a empresa usa os serviços da FedEx e da UPS – isto quando não está usando seus próprios aviões, uma operação de carga aérea que começou a ser estruturada há cerca de um ano chamada Prime Air. 
 
No Brasil, a Amazon rotineiramente faz tomadas de preços com fornecedores logísticos.
 
A Azul voa para quase 100 aeroportos no Brasil, enquanto a GOL voa para pouco mais de 50 e a LATAM, para cerca de 40. Se estiverem acontecendo de fato, as negociações indicam que a Amazon está preparando um esquema de distribuição para começar a vender mais produtos diretamente aos consumidores no país. 
 
Na semana passada, a Azul anunciou que alugou dois cargueiros Boeing 737-400 “para apoiar o rápido crescimento” de seu negócio de carga.
 
O negócio de carga da Azul, a Azul Cargo Express, aproveita o excesso de capacidade de carga em seus voos de passageiros e faz entregas em mais de 3.200 municípios, além de oferecer um serviço de e-commerce especializado, o Azul Cargo E-Commerce.
 
O aeroporto de Viracopos, o principal hub da Azul, fica a cerca de 45 minutos de carro do CD que a Amazon está planejando a noroeste de São Paulo, segundo a Reuters.
 
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