Pedro Magalhães é de Pouso Alegre, Minas Gerais, formou-se em engenharia de produção na Poli da USP e trabalhou em consultorias. 

Daniel Tong, de São Paulo, também fez engenharia química na Poli e seu último emprego foi na Cosan. 

Vinicius Viana, de Piracicaba, fez administração na FGV-SP e trabalhou numa startup antes de ir para a Ambev. 

daniel tongRafaella Mazza, paulistana, concluiu o curso de agronomia na Esalq e passou por empresas do agronegócio.   

Em comum, todos têm 29 anos de idade, estão no último ano do MBA da Harvard Business School, e estão ajudando a colocar de pé a conferência MBA Brasil, cuja primeira edição acontecerá no sábado, em Boston. 

Durante todo o dia, executivos convidados e alunos vão debater temas como empreendedorismo, health tech, transformação digital, impact investing, deep tech e sustentabilidade. Serão mais de 20 apresentadores se revezando no palco do Klarman Hall, na HBS.  

Ao contrário de dois outros eventos já tradicionais de estudantes universitários nos EUA – o Brazil Conference e o Brazil at Silicon Valley – essa nova conferência terá na plateia apenas alunos de programas de MBA, dos EUA e da Europa.   

O MBA Brasil foi pensado para cumprir três objetivos: ampliar o networking dos alunos e aproximá-los de executivos; discutir o ambiente de negócios no Brasil, principalmente nas áreas mais dinâmicas e inovadoras da economia; e promover uma feira de recrutamento. 

“No MBA, temos contato com pessoas e empresas de todo o mundo, mas a grande maioria dos alunos quer voltar para o Brasil,” diz Pedro Magalhães, o presidente da conferência.  

A iniciativa do encontro partiu dos alunos de MBA de Harvard ligados ao Brazilian-Portuguese Cultural Club, fundado no ano passado. Eles então convidaram estudantes de outras faculdades a se juntar ao evento. 

pedro magalhaesAlém dos idealizadores, a logística da conferência contou com a contribuição de alunos de outros seis programas de MBA: Booth, Columbia, Kellogg, Sloan, Stanford e Wharton. Cada escola se encarregou de montar um painel e convidar os debatedores. 

“Para os painéis, pensamos nas grandes tendências de negócios que estamos observando no mundo e no Brasil,”diz Daniel Tong, CFO do clube. “É importante, porque as sociedades estão olhando para a iniciativa privada em busca de um norte.” 

A mobilização dos interessados foi imediata. Foram vendidos 250 ingressos, todos para alunos de MBA de 20 faculdades nos EUA e na Europa. 

Não foi difícil também vender as cotas de patrocínio, que se esgotaram rapidamente. A maior parte dos recursos será revertida para os próprios estudantes, incluindo aí a ajuda de custo para bancar a viagem daqueles que moram longe de Boston. 

Entre os estudantes, há os que estão no primeiro ano e buscam estágios e outras ocupações profissionais para o break de três meses nas férias de verão. Mas boa parte já está no segundo ano e se aproxima da conclusão do MBA. Para esses, o interesse está em disputar uma colocação no mercado. 

A feira de recrutamento foi pensada para aliviar essas angústias: estarão no evento representantes de 13 empresas, além da Fundação Lemann. 

Além dos painéis temáticos e da feira de recrutamento, haverá a apresentação de três convidados: Celso Athayde, fundador da Central Única das Favelas (CUFA), Daniella Marques, a CEO da Caixa, e Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG.  

Mais informações sobre o MBA Brasil: 

https://mba-brasil.com/home