A Cyrela está se unindo à CPP Investments e à Greystar Real Estate Partners para incorporar e construir uma carteira de prédios residenciais para renda — mais conhecido como o bom e velho aluguel.

A parceria entre as três empresas prevê investimentos de R$ 1 bilhão ao longo dos próximos três anos, mas o valor pode aumentar em 50% se os parceiros encontrarem mais projetos rentáveis.  O trio já encontrou projetos que devem consumir quase metade da soma inicial, mas o primeiro prédio só deve ficar pronto no final de 2022.

A CPP — o maior fundo de pensão canadense — será responsável por 75% do investimento; a Cyrela, por 20%, e a Greystar, 5%.

A parceria vai desenvolver prédios apenas na cidade de São Paulo, um mercado líquido onde há geração de empregos e demanda sólida.  Cada edifício terá desde studios até apartamentos de três quartos. Os prédios terão um design diferenciado e amenidades como lavanderia, café e outras comodidades.

A CPP Investments e a Cyrela se associaram para explorar este mercado em novembro de 2019, mas agora conseguiram atrair a Greystar, que vai operar, administrar e locar os imóveis. A companhia é uma gestora especializada em locação, e opera nos EUA nos segmentos de ‘multifamily’ (aluguel residencial) e moradia estudantil. 

O mercado de aluguéis está cada vez mais atraindo as incorporadoras pela força de duas tendências. Além da queda homérica das taxas de juros, que faz o negócio ficar de pé, os investidores estão sendo incentivados pela atitude ‘asset light’ dos jovens adultos que entram no mercado de trabalho: eles não ganham o suficiente para comprar imóveis nem demonstram interesse na propriedade, preferindo mudar de casa na medida em que evoluem na carreira.

No Brasil, o mercado residencial para aluguel está sendo explorado por nomes como a Luggo, da MRV, que trabalha com aluguéis na faixa de R$ 1.200-1.500 nas principais capitais do País, e a JFL Realty, de Jorge Felipe Lemann, que começou a construir seu portfólio há cinco anos. 

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