O Grupo Casas Bahia entregou mais um trimestre com avanços importantes em seus resultados financeiros, em linha com o proposto em seu Plano de Transformação, iniciado em 2023. 

Entre os destaques, estão a melhora sequencial das margens operacionais pelo quarto trimestre consecutivo, crescimento em lojas físicas, maior penetração de serviços, aumento da carteira de crediário e maior liquidez e com a melhor variação de saldo do caixa dos últimos quatro anos.

“A disciplina na execução do Plano de Transformação, iniciado há pouco mais de um ano, tem nos trazido ótimos ganhos,” disse Elcio Ito, CFO da Casas Bahia. “Estamos focando em rentabilidade, ajustando a alocação de capital, priorizando as categorias core e reavaliando as estratégias dos canais de venda.”

No terceiro tri deste ano, numa visão de canal, a receita bruta consolidada registrou redução de 2,8% na comparação anual, para R$ 7,6 bilhões. 

A variação é explicada principalmente pela redução de 20,1% na receita das vendas online dada a busca pelo equilíbrio entre vendas e rentabilidade.

Houve também uma retomada no crescimento da receita das lojas físicas de 7,1%. Além disso, a empresa reportou alta de 24,1% da receita de marketplace após mudanças no mix de produtos, priorizando as categorias core.

A receita de serviços e soluções financeiras foi um dos grandes destaques. Ano contra ano, essa área registrou um aumento de 4 pontos percentuais na penetração da receita, chegando a 16% no trimestre encerrado em setembro. 

Isoladamente, a receita de serviços cresceu 28,1% –  fruto da maior penetração das vendas de seguros, garantia estendida, comissão do marketplace, logística “as a service” e a montagem. Já a receita de soluções financeiras cresceu 37,8%. 

Outro ponto positivo do balanço apareceu na carteira de crediário, que retomou sua máxima histórica de R$ 5,7 bilhões – um aumento de 7,4% na comparação anual. Foi a maior participação já registrada no digital, com 9% de penetração nas vendas.

No trimestre, o lucro bruto chegou a R$ 2,0 bilhões, com margem bruta de 31,6% – um ganho de 8,6 p.p. na comparação anual e de 0,9 p.p. em relação ao segundo tri deste ano. 

Segundo a companhia, apesar do recuo das vendas líquidas, a margem saudável e acima de patamares históricos é explicada pela melhor combinação do mix de produtos, qualidade dos estoques, a maior penetração de serviços e soluções financeiras na receita, além do crescimento da receita de marketplace de 24,1%. 

Já as despesas com vendas, gerais e administrativas no terceiro tri apresentaram redução de 2,8%, o equivalente a R$ 47 milhões ano contra ano e apresentado estabilidade em relação à receita líquida, mesmo com o recuo do top line

Vale destacar que nos nove primeiros meses de 2024, a redução foi de 6,6% ano contra ano, o equivalente a R$ 336 milhões. 

Segundo o CFO, a menor despesa pode ser explicada pela redução de 2,9% nas despesas de vendas – com destaques para a redução de pessoal (queda de 3,1%), no menor número de despesas de serviços de terceiros (redução de 12,7%), além de uma melhora na contenção de despesas trabalhistas em 28,1%.

Já o EBITDA chegou a R$ 491 milhões no período, revertendo um resultado negativo de R$ 66 milhões no terceiro trimestre de 2024. A margem EBITDA refletiu esse avanço, com aumento de 8,7 pontos na comparação anual. 

“As iniciativas do nosso Plano têm contribuído positivamente para a melhora nos resultados da companhia, com ganhos estruturais percebidos a cada trimestre,” disse o CEO

A companhia também seguiu avançando na monetização de serviços e anunciou a solução logística de full cross, permitindo que seus  fornecedores armazenem seus produtos nos centros de distribuição. 

Além disso, a plataforma de retail media registrou crescimento de receita bruta superior a 400% em relação ao mesmo período de 2023 e de 38% em comparação ao trimestre anterior. 

O Grupo também implementou uma nova ferramenta de precificação com inteligência artificial, que já está rodando em 80% da receita do canal online, com testes em andamento nas lojas físicas.

”Estamos animados e preparados para aproveitar a sazonalidade do quarto tri, já prevendo mais uma evolução nos nossos resultados,” disse o CEO Renato Franklin. 

Segundo o executivo, a prioridade da Casas Bahia continua sendo a geração de caixa livre e a manutenção da liquidez. 

“Vamos continuar inovando e investindo para garantir um crescimento sustentável, preparando o Grupo para um novo ciclo de expansão no final de 2025,” disse.

Siga o Brazil Journal no Instagram

Seguir