Contrariando todas as expectativas, centenas de milhares de brasileiros começaram a investir na Bolsa de Valores em plena pandemia, aumentando a busca por informações e cotações em tempo real.
Uma das maiores beneficiárias deste movimento é a TradeMap, que em apenas um ano e meio conquistou 1,6 milhão de usuários. Deste total, 400 mil acessam a plataforma diariamente.
Em março, enquanto a B3 ganhou 200 mil novos CPFs, a TradeMap cresceu 174 mil usuários.
Cerca de 60% de sua base coincide com CPFs que já operam na Bolsa; o saldo são investidores em fundos ou que estão começando sua educação financeira.
A TradeMap nasceu como um braço da Valemobi — uma empresa de soluções de tecnologia para o mercado financeiro com dez anos de história, faturamento de R$ 30 milhões/ano, e uma lista de clientes que inclui os maiores bancos privados do País.
Agora, a TradeMap está tentando se posicionar como um ‘hub’ do mercado financeiro, oferecendo ao investidor pessoa física um nível de sofisticação de dados e análise antes restrito aos institucionais.
O mercado brasileiro de aplicativos financeiros parece um universo em expansão eterna. Aplicativos como o Gorila, que captou R$ 35 milhões em setembro, e o Kinvo dominam a gestão de carteiras; o Yubb trabalha a renda fixa; e diversas plataformas fazem comparações de fundos.
Mas a TradeMap é a única que reúne as cinco principais funcionalidades em um só lugar: ações, gestão de carteira, notícias, fundos de investimentos e renda fixa. O aplicativo já está integrado às principais corretoras.
“Queremos criar um ecossistema que concentre o mercado financeiro numa única plataforma,” disse Nelson Massud, o cofundador da Valemobi e idealizador da TradeMap.
Desde que foi fundada, a TradeMap vem construindo massa crítica oferecendo uma versão gratuita de seu aplicativo. Agora, a companhia decidiu começar a monetizar essa base lançando dois planos de assinatura com funcionalidades novas.
O primeiro, chamado Explorer, custa R$ 30/mês e dá uma visão mais completa da carteira de investimentos — com análise dos dividendos, por exemplo —, bem como uma compilação dos preços-alvo, estimativas de analistas do sell side e notícias de agências especializadas.
O segundo pacote é o Pro, que os fundadores descrevem como a “Bloomberg da pessoa física.”
Por R$ 120 por mês, o usuário ganha acesso a um módulo com análise de indicadores relacionados a opções; informações dos múltiplos das empresas e setores; acesso a uma plataforma web, entre outras ferramentas.