A Copa no Brasil está fazendo as vendas de cerveja bombar, como era esperado, mas os refrigerantes não tiveram o mesmo empurrão.
A Andina, engarrafadora da Coca-Cola com operações no Rio, Espírito Santo e parte de São Paulo, disse que sua venda de refrigerantes (em volume) subiu apenas 1,3% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. Analistas do Banco BTG Pactual, por exemplo, esperavam um crescimento de 2,5%.
O número só captura os primeiros 15 dias dos jogos mas é desapontador, principalmente tendo em vista que a Coca-Cola é a patrocinadora oficial da Copa, naquilo que a própria empresa chamou de “a maior campanha de marketing de sua história”.
Nos últimos anos, a migração do consumidor para bebidas mais saudáveis tem dado dor de cabeça à indústria de refrigerantes.
A Coca-Cola tem como meta crescer a venda de refrigerantes entre 3% e 4% ao ano, mas a cada trimestre que passa o número parece mais ambicioso.
O consumo de refrigerantes cai há nove anos consecutivos nos EUA. No ano passado, as vendas de refrigerantes da Coca-Cola nos EUA caíram 2% enquanto, no mundo todo, somando todos os fabricantes, subiram apenas 0,9%, de acordo com a Euromonitor.
O CEO da Coca-Cola, Muhtar Kent, está apostando na Copa como parte de uma estratégia para reverter esse quadro. Mas a tendência continua intacta: na linha de não-refrigerantes (isotônicos, chás, sucos), a Andina foi muito melhor: conseguiu aumentar as vendas em 9,4%.