A Dori Alimentos — um dos maiores produtores e distribuidores de snacks e candies do Brasil — virá a mercado em outubro com um IPO que pode movimentar cerca de R$ 1 bilhão, incluindo uma oferta primária e uma tranche secundária, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.
A dona de marcas como Dori, Pettiz, Gomets, Bolete, Yogurte 100, Chococandy e Disqueti está trabalhando com um grupo de bancos liderado pelo Itaú BBA e que inclui ainda o JP Morgan, XP e Safra.
O IPO dará saída à Acon, a gestora de private equity americana que investiu na empresa há cinco anos e tem 30,5% da companhia controlada pela família Barion. A empresa foi fundada em Marília, interior de São Paulo, há 54 anos.
O IPO também permitirá à Dori levantar recursos para M&As de pequeno porte que lhe darão entrada em segmentos em que ela ainda não opera.
Hoje dona de um portfólio líder em amendoim, balas, pirulitos e pastilhas de chocolate, a Dori quer crescer em alimentos saudáveis — sem glúten, lactose e gordura e com certificado vegano — respondendo à mudança do comportamento do consumidor.
A Euromonitor calcula que 71% dos brasileiros consumiram snacks pelo menos uma vez ao dia no ano passado.
Segundo dados do prospecto preliminar, nos 12 meses terminados em 30 de junho a Dori fez uma receita líquida de R$ 853 milhões e EBITDA de R$ 129 milhões.
As exportações representam 11,4% da receita, com vendas para mais de 50 países.
A Dori tem quatro fábricas, sete centros de distribuição e acessa 154 mil pontos de venda.
A empresa é auditada há mais de 10 anos e tem dois conselheiros independentes: José Mario Caprioli, o fundador da Trip, e Geraldo Sardinha, que está no board da Mater Dei.