A ação da Embraer sobe 2% no início da tarde depois que a SalamAir, a companhia aérea low cost do Omã, assinou um pedido firme para seis jatos comerciais E195-E2 e uma opção de compra de outros seis.
Se a opção for exercida, a transação representará uma receita de US$ 934 milhões para a Embraer.
Para o Itaú BBA, ainda que a encomenda seja relativamente pequena, ela é significativa por mostrar que companhias que hoje usam aeronaves da Airbus estão considerando migrar para a Embraer.
“A SalamAir hoje opera apenas aeronaves da família A320 e disse que os novos E195-E2s estão alinhados com sua estratégia de operar com o tamanho certo, com a vantagem dela ser a aeronave mais eficiente do ponto de vista ambiental,” escreveu o analista Daniel Gasparete.
O maior avião de passageiro fabricado pela Embraer, o E195-E2 pode ter até 146 assentos. Nesta configuração, ele tem um custo de viagem – quanto se gasta para ir de um ponto A a um ponto B – 22% menor que o de um A320neo com 154 assentos ou 24% menor que um Boeing 737-8 de 160 assentos. (A vantagem competitiva se torna uma desvantagem se o cliente usa um Airbus com mais assentos.)
As aeronaves da SalamAir, que serão configuradas com 135 assentos, devem começar a ser entregues até o final de 2023, e a Embraer disse que a transação será adicionada a sua carteira de pedidos firmes (backlog) do terceiro tri.
No final do segundo tri, o backlog estava em 312 aeronaves, uma receita de US$ 17,8 bilhões.
A ação negocia a R$ 12,86. A companhia vale R$ 9,54 bilhões na Bolsa.