A UnitedHealth tem perdido dinheiro no Brasil, e o Obamacare tem atrapalhado os negócios.
Ainda assim, Edson Bueno vai dormir mais rico hoje — pelo menos no papel.
As ações da gigante americana de saúde — que comprou a Amil em 2012 por US$ 4,9 bilhões — tiveram hoje sua maior alta em quase sete anos. (Na venda da Amil, Edson passou a ter pouco menos de 1% da empresa americana).
A ação subiu 6,9% — com o triplo de seu volume usual — e puxou todo o setor de ‘health care’ nos EUA.
No terceiro trimestre, a UnitedHealth lucrou US$2,17 por ação; a estimativa dos analistas era de US$2,08. A empresa também revisou para cima sua projeção para o lucro deste ano fiscal, que agora é de U$8 por ação contra uma faixa de US$7,80 a US$7,95.
A sinistralidade (‘medical loss ratio’) consolidada foi de 80,3%, 0,8 ponto percentual melhor do que os analistas esperavam. Várias outras métricas da empresa também melhoraram.
A estrela do balanço foi a Optum, a unidade de negócios da UnitedHealth que administra programas de benefício-farmácia, fornece serviços de tecnologia para médicos e hospitais e presta atendimento ambulatorial, o chamado ‘outpatient care’.
No terceiro trimestre, o faturamento da Optum subiu 9% e o lucro operacional, 28%, para “cerca de US$ 1,5 bilhão, com um crescimento de lucro de dois dígitos e sólidas margens operacionais em todos os segmentos de negócio”, a empresa disse no comunicado ao mercado.