A KKR acaba de comprar uma participação minoritária na Catalio Capital Management, uma gestora de venture capital recém fundada que investe em startups na área de ‘life sciences’.
“Percebemos que as oportunidades em ‘life sciences’ são reais, tangíveis,” Ali Satvat, o head da estratégia de healthcare da KKR, disse ao Wall Street Journal.
A KKR e a Catalio não divulgaram o valor do acordo. Segundo os executivos, as investidas da Catalio poderão eventualmente receber o apoio da KKR, um dos maiores players do mundo do private equity.
A Catalio, que fica em Baltimore, foi fundada em 2020 e possui US$ 1 bilhão em ativos sob gestão. A firma teve entre seus primeiros investidores nomes como Stanley Druckenmiller, da Duquesne, e Alan Howard, da Brevan Howard.
Em setembro, a Catalio participou ao lado do Mubadala de uma rodada na biotech suíça Rejuveron Life Sciences, que desenvolve terapias contra o envelhecimento.
A KKR já tem em seu portfólio alguns investimentos em biotech. Um de seus fundos é focado em novas empresas de healthcare.
Segundo o WSJ, outras grandes firmas de private equity, como o Carlyle e a Apollo, também fecharam acordos recentes com gestoras especializadas em biotech – passando a fazer aportes ao lado de early-stage investors.
Cinco anos atrás, a Blackstone já havia comprado a Clarus e desde então lançou a Blackstone Life Science, um veículo para investimentos no setor.
“Os ativos de biotech sofreram um pouco nos últimos meses, então é um bom momento de entrada para os investidores de longo prazo,” disse Jorge Peixoto, sócio da gestora brasileira January River, que é cotista de um dos fundos da Catalio. “Os fundamentos continuam promissores, com muitos investimentos sendo feitos na ciência de reversão de doenças.”
A January River, que já intermediou investimentos de US$ 100 milhões feitos por brasileiros, busca oportunidades no exterior em biotecnologia e tecnologia industrial, além de prestar assessoria para aportes diretos em startups e fundos setoriais.