A Goldman e o UBS iniciaram a cobertura das ações do Nubank com recomendação de compra.
Por volta das 16h, a ação do Nubank subia 6%, negociada a US$ 9,93.
A Goldman, que foi um dos bancos coordenadores do IPO, colocou um preço-alvo de US$ 15 para o papel, com upside de 50%.
Para os analistas, apesar do risco macro estar aumentando no Brasil, a plataforma de tecnologia proprietária e a participação de mercado ainda relativamente baixa do Nubank vão permitir que o banco cresça de forma anticíclica, mantendo sob controle a qualidade de seus ativos.
Eles estimam que o Nubank vai mais do que dobrar a base de clientes em 2025, quando terá 108 milhões de clientes, sendo 81 milhões deles ativos – hoje são 48 milhões de clientes, sendo 35 milhões ativos.
Para os analistas, à medida que o Nubank elevar a sua carteira de empréstimos com produtos com alto potencial de retorno, como cartões de crédito e empréstimos pessoais, ele vai conseguir aumentar sua lucratividade de forma significativa, atingindo um ROE de 39% até 2025. Segundo eles, esse ROE é consistente com a lucratividade de outros bancos digitais pelo mundo e acima do patamar entre 20% e 30% dos bancos de varejo tradicionais no Brasil.
Segundo a Goldman, a ação está sendo negociada a 13,5x o lucro para 2025, enquanto pares globais negociam a 19,1x.
Um pouco menos otimista, o UBS BB tem um preço-alvo de US$ 12,50, com potencial de valorização de 25%.
Os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Rayna Kumar dizem que o Nubank terá um longo caminho pela frente – cheio de riscos regulatórios – antes de começar a dar lucro. Mas eles também enxergam vantagens competitivas e dizem que o Nubank vai continuar crescendo de forma acelerada, aumentando a monetização dos clientes com novos produtos.
Os analistas do UBS estimam que o Nubank terá cerca de 100 milhões de clientes em 2026, um ano depois do que espera a Goldman. Cerca de 80% dos clientes estarão no Brasil, 15% no México e 6% na Colômbia.