O PNC Financial — um banco regional da Pensilvânia — vai se desfazer de toda a sua participação na BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, encerrando um investimento que se multiplicou por mais de 70 ao longo de 25 anos.
Hoje, a fatia nas mãos do PNC vale mais de US$ 17 bilhões — um retorno de incríveis 7.000% (sem contar os dividendos). De 1995 para cá, o S&P subiu 940%.
O PNC é hoje o maior acionista da BlackRock, com 22% do capital. O banco entrou na empresa em 1995, quando pagou modestos US$ 240 milhões pelo controle da gestora. A participação foi sendo diluída ao longo do tempo na medida em que outros bancos como Merrill Lynch e Barclays investiram na BlackRock.
Ao longo destes 25 anos, a Blackrock cresceu de uma pequena gestora independente para um colosso com US$ 6,5 trilhões em recursos sob gestão divididos em produtos diversos, de ETFs a fundos de renda fixa, passando por private equity.
O PNC deve começar a vender suas ações nos próximos dias. Um dos prováveis compradores: a própria BlackRock, que já anunciou que pretende recomprar uma parte.
A saída do PNC está sendo sido vista no mercado como o fim de uma era na BlackRock, já que ele era o último banco com participação relevante na gestora. A nova composição acionária vai liberar a BlackRock de encargos regulatórios associados ao setor bancário, dando maior flexibilidade à companhia comandada por Larry Fink.
Segundo o The Wall Street Journal, a venda é uma forma do PNC aumentar sua liquidez em meio à pandemia e o cenário de juros quase zero nos EUA — dois fatores que estão acertando em cheio o balanço dos bancos regionais.