O Bradesco BBI retomou a cobertura do banco Inter com uma recomendação de ‘outperform’ para o banco da família Menin.
O preço-alvo é de US$ 7,80 por ação, um upside potencial de 34% em relação ao preço de tela.
Os analistas Gustavo Schroder, Eric Ito e Gabriel Menezes estão otimistas com três pontos do Inter: uma contínua melhora da margem financeira líquida; a grande base de depósitos do banco a um custo relativamente baixo (62% do CDI); e uma alavancagem operacional que tem melhorado a eficiência a cada trimestre.
Segundo os analistas, o Inter vem numa melhora contínua após uma pressão na rentabilidade entre 2020 e 2022 causada por empréstimos com juros abaixo do mercado, o aumento da inadimplência e um alto investimento em desenvolvimentos de produtos.
Mas para o Bradesco, o ajuste iniciado em junho de 2022 já trouxe resultados – que devem melhorar ainda mais nos próximos trimestres.
O Bradesco estima que o ROE do Inter deve chegar a 17% no quarto tri de 2025, ante os 9% do primeiro tri deste ano.
“Apesar do período desafiador em termos de rentabilidade, reconhecemos que o Inter continuou a registrar um crescimento significativo na aquisição de clientes e depósitos, que são alavancas importantes para o crescimento futuro,” escreveram.
Entre 2020 e 2023, o Inter teve um CAGR de 63% na sua base de clientes, 47% em empréstimos e 38% em depósitos.
Diante disso, o Bradesco vê o Inter barato – especialmente em comparação com o Nubank.
Os analistas enxergam a ação do Inter negociando a um múltiplo P/E de 8,5x e a um P/BV (‘price-to-book’) de 1,2x, enquanto o Nubank negocia a 23,7x e 5,7x, respectivamente.
“Esse [múltiplo] também está abaixo da média histórica do Inter. Então, esperamos que a diferença para o Nubank diminua à medida que o Inter entrega um nível mais alto de retornos,” escreveram.
A ação do Inter sobe 70% nos últimos doze meses, e o banco vale US$ 2,5 bilhões na Nasdaq.