Em breve na sua academia, no prédio do escritório ou no shopping mais próximo.
A CarePod, uma clínica médica compacta, toda equipada com sensores inteligentes e potencializados com recursos de inteligência artificial, vai permitir que as pessoas façam sozinhas exames de sangue, um check-up rápido ou uma análise de marcas estranhas na pele.
Os pods de exame médico foram desenvolvidos pela Forward, uma startup fundada por um ex-funcionário do Google.
A empresa acaba de levantar US$ 100 milhões em uma nova rodada e está colocando em operação as primeiras clínicas automatizadas.
São cabines cúbicas de 2,5 metros, equipadas com dispositivos capazes de medir a pressão, avaliar a frequência cardíaca, identificar eventuais problemas e até mesmo fazer o sequenciamento do DNA. Os algoritmos de IA também usam a base de informações coletadas pelos smartwatches e smartphones dos pacientes.
Um médico acompanha os testes remotamente, e o paciente pode conversar com ele. O serviço vai funcionar por assinatura, ao custo mensal de US$ 99.
Os três primeiros pods médicos vão funcionar em Sacramento, na Califórnia; Chandler, no Arizona; e em Chicago, onde o cubo informatizado foi instalado no icônico edifício Willis Tower – vulgo, ‘o prédio da Sears.’ Dezenas delas serão instaladas no próximo ano, diz a empresa.
Segundo a Fortune, a lista de investidores na Forward inclui Eric Schmidt e Marc Benioff, além de dois fundadores da DeepMind, Demis Hassabis e Mustafa Suleyman.
A companhia foi avaliada em US$ 1 bilhão em 2021, quando captou US$ 225 milhões, mas não revelou o valuation da nova rodada. Ao todo, levantou até agora US$ 400 milhões.
Falando ao Axios, Adrian Aoun, o fundador e CEO da Forward, explicou que quando a pessoa entra na cabine de atendimento, ela apresenta diversos aplicativos que podem ser usados.
“Digamos que você escolha o aplicativo de body scan. O app vai dizer, ‘Por favor, permaneça parado,’ e então começa a fazer uma série de leituras, mostra as informações na tela e apresenta as explicações,” explicou Aoun.
Se a pessoa optar pela checagem cardíaca, o pod abre uma bandeja com um sensor, dá as orientações de uso e na sequência exibe os resultados.
No caso do exame de sangue, não há agulha nem nada do tipo. Um aparelho faz a sucção no braço, retirando uma pequena amostra.
A Forward, surgida há sete anos, já era dona de uma rede de 20 clínicas convencionais e tem 100 médicos na folha de pagamento. (Sempre há algum doutor de plantão para as consultas por vídeo.)
Aoun vê no CarePod umas das iniciativas capazes de transformar a saúde, superando a barreira da falta de profissionais em diversos lugares do planeta.
“Nunca teremos médicos e enfermeiras para todo mundo,” Aoun disse ao Axios. “Então pensamos, por que não reconstruir o health care como produto e não como serviço?”