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A Vibra está no centro de uma estratégia para fazer o Brasil se mover com uma combinação entre combustíveis fósseis e soluções de baixo carbono – e, principalmente, com escala.
Um reconhecimento de que a empresa está no caminho certo é que ela acaba de receber grau de investimento global da S&P com perspectiva estável. A agência de classificação de risco destacou, entre os motivos para esta conquista, a solidez financeira e à liderança operacional da Vibra, com perspectiva de crescimento sustentável e fortalecimento da liquidez.
Como parte da estratégia de crescimento da empresa, a Vibra vem dando bastante foco nos biocombustíveis avançados em busca de uma transição energética que seja viável economicamente e ambientalmente.
Nos últimos meses, a Vibra deu novos passos importantes: iniciou a comercialização do SAF – o combustível sustentável da aviação – e lançou o Vibra Diesel Renovável, uma mistura pronta para uso que combina diesel tradicional, biodiesel e HVO (Hydrotreated Vegetable Oil, que é produzido a partir de óleos vegetais ou gorduras residuais).
Segundo o CEO Ernesto Pousada, essas iniciativas se somam a uma série de frentes que abrangem diferentes modais e refletem o compromisso da companhia em garantir diversidade energética, mas sem abrir mão do rigor técnico, rastreabilidade e impacto concreto na redução das emissões. “A gente está fazendo esse movimento para atender os clientes e contribuir com o processo de descarbonização deles,” disse.
A mais recente aposta foi no SAF. A Vibra, que já detém 60% do market share no abastecimento de aeronaves, foi a primeira empresa a disponibilizar esse combustível no Brasil.
O SAF importado foi produzido a partir de óleo de cozinha usado – uma das matérias-primas com menor intensidade de carbono – e tem potencial de reduzir em até 80% as emissões de gases do efeito estufa.
Pousada diz que foram 10 meses de planejamento, com mapeamento e contratação de fornecedores internacionais, logística portuária, trâmites de importação, conformidade regulatória e certificações de sustentabilidade. A mistura com o querosene de aviação é feita no Aeroporto do Galeão, com toda a rastreabilidade exigida por padrões internacionais.
No total, chegaram 23 isotanques com 550 mil litros de SAF. As vendas já começaram — e a Líder Aviação, maior empresa de aviação executiva da América Latina, fez em maio o primeiro voo com o combustível fornecido pela Vibra. O blend usado foi de 10% de SAF e 90% de querosene fóssil, com uma redução de cerca de 9% nas emissões de CO₂.
“Para a Vibra, a transição energética não se faz com soluções únicas, mas sim com a integração de diferentes fontes,” disse Pousada.
A empresa também tem apostado no Vibra Diesel Renovável, que já abastece, por exemplo, toda a frota da Volkswagen Caminhões e Ônibus.
O produto está em fase de testes em ônibus urbanos e nos próprios caminhões de abastecimento da empresa – uma solução drop-in, que pode ser usada nos motores e infraestrutura existentes, sem necessidade de adaptações.
Além disso, a Vibra já distribui diesel com 14% de biodiesel, conforme o mandato vigente, e está pronta para chegar aos 15% ainda este ano. A empresa conta também com um trabalho de P&D integrado que permite que o desenvolvimento de lubrificantes acompanhe e antecipe as transformações da matriz energética. Os lubrificantes da família Lubrax já estão prontos para os maiores teores de biodiesel que virão.
Em outra frente, a companhia conduz um projeto piloto de diesel marítimo com adição de até 20% de biodiesel.
“Nós combinamos diferentes soluções para atender às demandas atuais e futuras da sociedade, ampliando a oferta de combustíveis com maior conteúdo renovável e investindo em projetos que tornam o transporte mais eficiente e menos emissor de carbono,” disse Ernesto.
O executivo também destaca o papel da infraestrutura para escalar todas essas soluções: com 8 mil postos em 2 mil municípios, a companhia atende a mais de 30 milhões de consumidores, além de 40% dos grandes clientes de energia no Brasil.
“A soberania energética reside não só na diversificação de combustíveis, mas também na sua disponibilidade para toda a sociedade,” disse.
Com a Comerc Energia como parte do grupo, a Vibra também atua em soluções de energia solar, eficiência energética e descarbonização – consolidando sua posição como a maior plataforma multienergia do Brasil.
De acordo com o CEO, não há uma competição entre os combustíveis fósseis, os biocombustíveis e a energia solar. “Na Vibra, eles compõem uma matriz integrada para mover o país de forma sustentável,” disse.
Para Ernesto, o momento exige soluções com impacto real. “O Brasil precisa de soluções que funcionem na prática e na escala do Brasil – e estamos preparados para entregar isso agora.”