O Grupo Casas Bahia acaba de divulgar um balanço do primeiro tri com resultados sólidos e crescimento consistente de receita, expansão das margens operacionais e avanços importantes na consolidação da sua estratégia omnichannel

Trata-se do sexto trimestre consecutivo em que a companhia apresenta uma melhora na margem operacional – o que reforçou o compromisso com a rentabilidade e a sustentabilidade do negócio, segundo Renato Franklin, o CEO do Grupo Casas Bahia.

Nos primeiros três meses do ano, a Casas Bahia reportou uma receita líquida de R$ 7 bilhões – um avanço de 10% ano contra ano.

A receita bruta cresceu na mesma proporção, para R$ 8,3 bilhões, impulsionada principalmente pela performance das lojas físicas, que apresentou melhora de 15,8% em sua receita bruta.

O Grupo Casas Bahia também apresentou uma expansão de 47,3% no EBITDA ajustado, para R$ 570 milhões, enquanto a margem subiu 2,2 p.p. e chegou a 8,2%. 

Além disso, a companhia manteve seu fluxo de caixa livre positivo no acumulado nos últimos seis meses, em R$ 917 milhões – um aumento de 68% em relação ao primeiro tri do ano passado. Foi o melhor resultado dos últimos cinco anos.

O GMV consolidado registrou um crescimento de R$ 1 bilhão no trimestre, em relação ao mesmo período do ano anterior. 

O desempenho foi impulsionado pela operação das lojas físicas, que avançou 16,2% no tri, além das vendas em mesmas lojas (SSS), com alta de 17,7%. 

Segundo o CEO, a expansão do e-commerce voltado às categorias core, evidencia a consistência da estratégia omnichannel e o fortalecimento das frentes mais rentáveis do negócio.

O marketplace, por sua vez, manteve trajetória de crescimento consistente, impulsionado por um avanço de 15% no GMV. O desempenho foi acompanhado por um take rate de 12,7%. 

Para Franklin, o resultado reforça não apenas o fortalecimento da monetização da operação, como também aponta para ganhos contínuos em eficiência operacional.

A transformação operacional em curso também impactou positivamente as margens operacionais, que apresentaram avanço pelo sexto trimestre consecutivo.

A margem bruta teve um aumento de 0,2 p.p. frente aos 30% do primeiro tri do ano passado. 

O executivo disse que isso aconteceu principalmente por causa da maior penetração de serviços e soluções financeiras ao crescimento da receita de marketplace (que avançou em 17,5% mesmo num cenário de liquidação em janeiro) e também pela maior participação de celulares no mix

Já as despesas com SG&A cresceram apenas 2%, abaixo do avanço da receita, o que resultou em ganho de alavancagem operacional e melhora de 1,7 p.p. em relação à receita líquida, que ficou em 23,1%.

No período, a dívida líquida ajustada ficou em R$ 1,9 bilhão. Franklin enxerga um índice de alavancagem confortável, reflexo da renegociação conduzida com os credores.

O executivo disse que os resultados do trimestre mostram um avanço importante no Plano de Transformação da empresa, iniciado em 2023, com efeitos concretos na operação, crescimento de receita pelo segundo trimestre consecutivo, avanço nas lojas físicas e no e-commerce – o que consolidou a liderança da Casas Bahia nas categorias core. 

“Seguiremos firmes na busca por maior rentabilidade e geração de caixa, com retorno para nossos clientes, colaboradores, parceiros e acionistas. Estamos preparados para os desafios e confiantes na nossa trajetória de consolidação,” disse. 

Ecossistema financeiro 

O crediário, um dos principais motores de fidelização e inclusão financeira da Casas Bahia, cresceu 15% no primeiro trimestre de 2025, alcançando R$ 6,1 bilhões – um valor recorde. 

O CEO disse que esse avanço ocorreu de forma sustentável, com melhora de 0,5 p.p. na inadimplência acima de 90 dias, que fechou o trimestre em 8,5%, representando melhora em relação ao primeiro tri do ano passado.  

“Fomos pioneiros nessa modalidade e esse desempenho reafirma nossa expertise no tema, com uma carteira que segue crescendo com qualidade e inadimplência sob controle,” disse o CEO.

O banQi, voltado à geração de valor dentro do ecossistema da companhia, registrou lucro pelo segundo trimestre consecutivo. O aplicativo ultrapassou a marca de 8,2 milhões de contas abertas, com aumento na frequência de uso, que atingiu 62 transações por usuário nos últimos 12 meses.

Os investimentos em capex somaram R$ 70 milhões no tri – mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2024. Segundo Franklin, mais de 80% do valor foi alocado em tecnologia, reforçando a digitalização da operação e a melhoria contínua da experiência do cliente.

O Grupo Casas Bahia também avançou em suas frentes de ESG e governança corporativa. 

Entre os destaques apontados pela empresa estão a marca 37% pessoas negras em cargos de liderança. Já as mulheres representam 33% dos líderes da companhia.

Além disso, 85,5% da energia adquirida pelo Grupo Casas Bahia vêm de energia renovável. Franklin também destaca o programa REVIVA que destinou 409 toneladas de resíduos à reciclagem.

Para completar, a Casas Bahia realizou o lançamento de iniciativas de combate ao assédio e à discriminação; e parcerias voltadas à capacitação de 10.000 jovens e 1.500 mulheres empreendedoras.

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