O mundo entrou em uma nova fase da inteligência artificial. Depois de anos concentrado na criação e no treinamento de modelos, o mercado finalmente percebeu que a verdadeira fronteira está na aplicação prática, no impacto operacional e no retorno financeiro.

É nesse ponto que a Oracle vem construindo sua liderança global, o que ajuda a explicar a valorização de suas ações nos últimos anos e os mais de 2.400 clientes que já utilizam seus recursos de AI em produção no mundo.

A visão da companhia é direta e ambiciosa: a AI precisa estar no núcleo do negócio. Não como um adereço tecnológico, mas como parte da infraestrutura operacional das empresas, integrando processos, dados e decisões com segurança, governança e alta performance.

Na Oracle, essa integração não é uma camada adicional. É o próprio fundamento da arquitetura, que nasce segura desde o data center até o software corporativo.

“A AI não é mais um recurso adicional. Ela está embutida em tudo o que fazemos”, disse Mike Sicilia, CEO da Oracle, no Oracle AI World 2025, principal encontro anual da Oracle com clientes e parceiros, em Las Vegas. 

Essa visão também foi destacada por Larry Ellison, chairman e CTO da Oracle, ao abrir sua participação no evento afirmando que vivemos uma revolução tecnológica “maior do que a revolução industrial”.

A frase não é uma hipérbole: a Oracle está construindo data centers de escala inédita, com até 500 mil GPUs NVIDIA, preparados para atender a demanda crescente por aplicações reais de AI. 

Para Ellison e Sicilia, Co-CEO da empresa, o valor da AI está na capacidade de permitir que modelos raciocinem sobre dados privados com segurança absoluta.

O grande diferencial da Oracle é justamente habilitar essa análise com governança rigorosa, sem abrir mão de soberania de dados, privacidade ou eficiência.

“A maior parte dos dados de alto valor do mundo já está em bancos Oracle. Agora, estamos permitindo que a AI raciocine sobre eles com segurança,” disse Ellison.

A visão do chairman da Oracle se materializou no recém anunciado Oracle AI Database 26ai, banco de dados nativo em IA e integrado à Oracle AI Data Platform.

As duas plataformas formam uma base única para modelos de linguagem, processamento de dados e aplicações empresariais de missão crítica.

A Oracle também aprimorou o conceito de multicloud, tornando-o realmente funcional. Hoje, empresas podem rodar workloads em Azure, AWS ou Google Cloud e ainda assim usufruir das soluções de AI da Oracle com o mesmo padrão de segurança e governança.

Isso é possível graças a integrações profundas e aos créditos universais, que permitem consumir serviços de qualquer nuvem Oracle de forma flexível e sem obstáculos.

Assim, torna-se viável algo que antes era complexo ou caro demais: modelos como ChatGPT, Gemini, Grok ou soluções open source analisando, em conjunto, dados públicos e privados sobre uma base confiável.

O resultado: menos risco, mais precisão, menores custos e um caminho real para colocar AI em produção, independentemente do legado ou da arquitetura atual do cliente.

AI: muito além de infraestrutura e dados

“Depois da fase de treinamento dos grandes modelos, o mercado entrou no momento da aplicação – e é aqui que estamos atuando com mais força. A AI precisa resolver problemas reais e gerar retorno de negócio,” disse Luiz Meisler para o Brazil Journal.

Para Meisler, vice-presidente Executivo da Oracle para a América Latina, o grande diferencial da companhia está em oferecer uma solução completa e integrada para os seus clientes desde o data center até as aplicações.

Essa integração garante automação profunda, inteligência preditiva e decisões baseadas em dados confiáveis.

Segundo o executivo, a empresa oferece algo raro no mercado: um ecossistema unificado que combina infraestrutura, banco de dados e aplicações corporativas em um único ambiente, sem dependência de múltiplos fornecedores ou integrações frágeis.

Essa combinação permite que as empresas acelerem a adoção de AI de forma prática e mensurável, contando com mais de 600 agentes inteligentes já embarcados nas aplicações sem custo adicional, automatizando áreas como finanças, recursos humanos, supply chain e atendimento ao cliente.

“Essa integração nos permite entregar inteligência artificial pronta para uso, sem projetos longos ou custos extras para o cliente. O cliente não precisa esperar por inovações, pois a AI já faz parte do dia a dia da plataforma e transforma operações em diferentes setores”, diz Meisler.

O Brasil nessa nova era

Segundo Meisler, a América Latina — especialmente o Brasil — já vive um momento de forte maturidade técnica e crescente demanda por automação.

Empresas como Biofy, PGE-SP, Tractian, Pipefy e Globo vêm colhendo resultados relevantes ao usar as soluções de AI generativa e preditiva da Oracle para encurtar ciclos críticos, eliminar ineficiências e elevar a inteligência operacional.

A Biofy, uma startup de biotecnologia, é um dos casos mais emblemáticos. Com a Oracle Cloud Infrastructure (OCI) e Oracle AI Database, a startup reduziu o tempo de diagnóstico de infecções bacterianas de cinco dias para menos de quatro horas analisando mais de 700 mil DNAs com AI generativa e busca vetorial. 

“A tecnologia mudou o jogo para nós”, disse Paulo Perez, CEO da empresa, no palco do AI World.  “Reduzir mortes, criar tratamentos e melhorar o cuidado. O que poderia importar mais?”, disse Sicilia, CEO da Oracle.

Meisler reforça o papel estratégico do Brasil para a Oracle na expansão da AI. As empresas brasileiras já contam com tecnologias lançadas globalmente, incluindo infraestrutura de alto desempenho, aplicações, soluções integradas de AI e camadas avançadas de segurança e governança.

As soluções de nuvem da Oracle apoiam desde setores altamente regulados até empresas de hiperescala.

“Iniciativas concretas já estão em andamento com clientes e parceiros brasileiros, o que reforça o papel estratégico do Brasil como um dos polos regionais mais relevantes na expansão das tecnologias de AI e nuvem da Oracle”, disse Meisler. 

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