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NOVA YORK – O cenário para a economia brasileira num ano eleitoral e a resiliência das empresas abertas do País foram temas centrais da 15ª edição do CEO Forum promovido pelo Bradesco BBI em Nova York em novembro.
A conferência reuniu executivos de 93 empresas do Brasil e da América Latina – todos C-Level – e cerca de 300 gestores de fundos estrangeiros.
Num debate durante um dos almoços do evento, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, afirmou que “o centro vai definir a eleição em 2026”. Para ele, o centro tem as melhores propostas e também a moderação necessária para governar o País.
Kassab, que também é secretário de governo e relações institucionais do estado de São Paulo, defendeu ainda a união dos partidos de centro-direita em torno da candidatura do governador Tarcísio de Freitas.
Mesmo em meio à volatilidade de um período pré-eleitoral, executivos que participaram do evento disseram ter encontrado investidores mais otimistas do que no ano passado com as perspectivas para o País e para as empresas.
Um dos motivos é a expectativa de queda de juros. Outro são os bons fundamentos das companhias listadas. “Vemos a resiliência das empresas de capital aberto, de diferentes setores,” afirmou Marcelo Noronha, CEO do Bradesco.
Entre os gestores de fundos, a percepção foi a de que as empresas estão mais bem preparadas para crescer no próximo ciclo de cortes da Selic – previsto para o início de 2026.
“As companhias tiraram leite de pedra nos últimos anos. Houve consolidação, e o mercado reflete a qualidade das que ficaram,” disse Rodrigo Andrade, sócio e head de equities da Vinland.
Andrade lembrou também que muitas empresas reduziram o custo da dívida como percentual do CDI: quando o juro cair, o ganho será “na veia”.
Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco, espera um corte de juros de 0,25 ponto percentual em janeiro e prevê que a Selic terminará 2026 em 12% – o que, na sua visão, muda a perspectiva para as empresas e para os preços dos ativos.
Além disso, afirmou ele, o ambiente externo – com dólar fraco, perspectiva de manutenção ou queda de juros na maioria dos países e tendência dos investidores de diversificar para fora dos EUA – é levemente positivo para os mercados emergentes.






