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O Banco Industrial do Brasil (BIB) acaba de levantar US$ 105 milhões com a IFC — o braço de investimentos do Banco Mundial — numa operação estruturada no modelo A/B Loan. O financiamento também contou com a participação de Standard Chartered, DZ Bank, Bladex e Itaú.
A transação é a quarta operação do BIB com a IFC e foi aprovada após processo de due diligence — num momento de juros e inflação global elevados, desaceleração econômica e retração no crédito.
“Num cenário desafiador e de grandes incertezas globais e locais, ter a confiança da IFC mais uma vez valida nosso modelo de negócios, com criteriosa concessão de crédito e consistentes resultados financeiros,” disse o CFO Guilherme Gottardi. “Essa parceria é um selo de qualidade reconhecido pelo mercado. A forte demanda dos bancos internacionais e brasileiros pela operação superou em muito a oferta, o que abre a possibilidade de fazermos novas emissões no segundo semestre.”
Atualmente com R$ 7,1 bilhões em ativos, o BIB tem nas pequenas e médias empresas seu core business — elas representam 83% da carteira de crédito. O portfólio de soluções para empresas inclui ainda capital de giro, conta garantida, desconto de recebíveis, repasses BNDES/Finame, ACC/ACE, NCE, financiamento à importação e garantias prestadas, além da área de Mercado de Capitais. Já nos produtos de varejo, destacam-se crédito consignado e antecipação do FGTS.
Essa foi a primeira captação externa do BIB desde que as agências de avaliação de risco de crédito Fitch e Moody´s elevaram a nota de crédito do banco. Na Fitch, o rating nacional de longo prazo subiu de AA- para AA em janeiro e na Moody’s a elevação foi de A+ para AA- em abril de 2024. As duas avaliações têm perspectiva estável.
Os ratings refletem a qualidade da carteira de crédito, sustentada por uma política conservadora de concessão e por forte exigência de boas garantias. O índice de inadimplência do BIB, em 1,7%, está abaixo da média do mercado. Já a cobertura chega a 113%, considerando principalmente recebíveis, ativos imobiliários, penhor mercantil e aplicações financeiras. A rentabilidade do banco tem se mantido em meio a diferentes ciclos econômicos, ajudando a sustentar o rating da instituição. Assim como uma grande diversificação em sua base de funding tanto local quanto no exterior.
Os recursos da nova captação serão direcionados à expansão da carteira de crédito, com foco nas PMEs e no crédito consignado. Segundo o BIB, 30% dos recursos irão para PMEs lideradas por mulheres, 10% para PMEs com atuação na Amazônia Legal e 20% para empréstimos consignados na mesma região. Os 40% restantes reforçarão a carteira de PMEs em geral.
“Essa captação reforça o nosso compromisso em fomentar o empreendedorismo no Brasil e, assim, colaborar com o crescimento sustentável da nossa economia e o crescimento consistente dos nossos negócios” diz Gottardi.
Histórico das operações com a IFC:
- 2008: US$ 45 milhões (A/B Loan)
- 2014: US$ 15 milhões (A Loan)
- 2017: US$ 81,2 milhões (A/B Loan)
- 2025: US$ 105 milhões (A/B Loan)
Fundado em 1994, o BIB tem presença nacional — com sede própria em São Paulo, filiais no RJ, MG, PR e GO e escritórios comerciais no AM, AC, AP e BA, além de uma agência em Nassau, nas Bahamas. O banco conta com mais de 350 colaboradores. Com um modelo de negócio pautado pelo baixo nível de alavancagem, rigor na concessão de crédito e manutenção de um elevado nível de liquidez.