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A relação entre reflorestamento e mudanças climáticas pode ser uma das chaves para o Brasil liderar a transição para uma economia mais verde.
As florestas desempenham um papel fundamental na regulação do clima, absorvendo dióxido de carbono da atmosfera e liberando oxigênio.
Com uma imensa área de florestas nativas, por meio da preservação e do reflorestamento, é possível que o País se torne um líder global em sustentabilidade. Além disso, o Brasil tem uma experiência significativa em reflorestamento, com programas até então bem-sucedidos como o Plano Nacional de Reflorestamento (PNRR).
O reflorestamento ajuda a capturar carbono da atmosfera, o que contribui para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Em 2022, um estudo publicado na revista Nature revelou que o reflorestamento poderia remover até 21 bilhões de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera até 2050. Isso corresponderia a cerca de 5% das emissões globais de gases de efeito estufa.
As florestas ajudam a regular o clima, absorvendo a energia solar e liberando-a lentamente de volta para a atmosfera. Isso permite equilibrar as temperaturas globais. Uma floresta tropical média armazena cerca de 200 toneladas de carbono por hectare – equivalente a cerca de 40 carros em circulação.
Em outra pesquisa, publicada na revista Science em fevereiro deste ano, pesquisadores afirmam que o reflorestamento poderia reduzir a temperatura global em até 0,2 graus Celsius até 2100. As florestas ajudam a resfriar o planeta, refletindo a luz solar de volta para o espaço.
Além de ajudar a combater a mudança climática, o reflorestamento também pode trazer outros benefícios, como a proteção da biodiversidade – florestas abrigam uma grande variedade de plantas e animais e o reflorestamento garante a proteção das espécies. As florestas também contribuem com a limpeza do ar e da água, removendo poluentes da atmosfera e do solo.
Tecnologia a serviço da preservação ambiental
O setor de PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) da Ambipar, empresa líder em gestão ambiental, desenvolveu a tecnologia de biocápsulas. Foi justamente esta tecnologia a escolhida para realização do reflorestamento da região da Serra do Mar, após a tragédia ambiental do início do ano em São Sebastião, no litoral de São Paulo.
A iniciativa utiliza inteligência artificial (IA) e drones para identificar áreas degradadas na floresta. Em seguida, as biocápsulas são lançadas pelos drones, contendo sementes de árvores nativas da região ao mesmo tempo que coleta imagens de alta resolução e coordenadas geográficas para o monitoramento.
Produzidas a partir de resíduos da indústria farmacêutica, as biocápsulas são um produto sustentável, biodegradável e que libera nutrientes para o solo, ajudando a proteger as sementes e nutri-las durante o processo de germinação para o sucesso do reflorestamento.
A ação é um exemplo de como a tecnologia e a inovação podem ser usadas para promover a sustentabilidade. A iniciativa tem o potencial de restaurar áreas degradadas da Serra do Mar e de contribuir para a conservação da biodiversidade da região.
O reflorestamento é uma estratégia importante para enfrentar a mudança climática. Ao plantar árvores, podemos ajudar a remover dióxido de carbono da atmosfera, resfriando o planeta e protegendo a biodiversidade.