Com o crescimento do mercado de venture capital brasileiro, o Bradesco BBI está ampliando seus esforços no setor de tecnologia de olho nas startups que podem se tornar os próximos unicórnios — e fazer os IPOs, follow-ons e M&As do futuro.

Para isso, o Bradesco acaba de montar o BBI Tech, um núcleo especializado que vai reunir diferentes áreas do banco no esforço conjunto de atender investidores e empresas de tecnologia.

Com verticais de research, investment banking e sales, o BBI Tech reúne Otávio Tanganelli, o analista de tecnologia da área de research do banco; Danilo Borges, o responsável por tecnologia no banco de investimentos; e Rodrigo Fernandes, responsável pelo relacionamento institucional com investidores focados em ativos públicos e privados, a partir do escritório do banco em Nova York.

“Já acompanhamos há bastante tempo o setor de tecnologia e coordenamos grande parte dos IPOs recentes, mas vimos que fazia muito mais sentido ter uma estrutura unificada,” disse Danilo.

“A iniciativa do Bradesco vem num momento em que a liquidez para o mercado de tecnologia do Brasil e da América Latina permanece abundante para empresas privadas. Existe hoje uma contração nos múltiplos implícitos, por conta do movimento da taxa de juros, mas sempre teremos apetite para boas empresas. Com muitas empresas capitalizadas devemos ver uma aceleração de M&As no setor,” completa Rodrigo.

Em 2021, as startups brasileiras receberam quase US$ 10 bilhões em investimentos, 2,5x mais que em 2020, segundo um levantamento da Distrito.

O Brasil também já é o nono país do mundo com o maior número de unicórnios: são 24 startups que já valem mais de US$ 1 bi.

Desde que foi criado, no início deste ano, o BBI Tech já organizou mais de 20 eventos reunindo investidores institucionais com empresas públicas e privadas em diferentes estágios, e, na semana que vem, fará a primeira conferência do banco dedicada apenas a tecnologia. “A conferência vai ser o nosso flagship event e servir como uma inauguração do BBI Tech,” diz Otávio.

Em dois dias de evento – 14 e 15 de março – 14 empresas de capital fechado vão se reunir com investidores. Os keynotes speakers serão Benedict Evans, o ex-partner da Andreessen Horowitz e uma das figuras mais influentes do mundo do Vale; e a Helen Papagiannis, uma das maiores especialistas do mundo em realidade virtual e metaverso.

As conversas com as empresas serão fechadas para um grupo de investidores clientes do banco. Já as duas palestras serão abertas ao público em geral. (Para se inscrever basta clicar neste link para a primeira palestra e neste link para a segunda.)

Com o BBI Tech, o Bradesco vai se relacionar com as startups muito antes do IPO, gerando valor para elas logo no início.

“Vamos colocar startups na esteira do BBI Tech de forma a oferecer diversas oportunidades para essas empresas, conforme seu estágio de maturidade e necessidades específicas. Dentre as soluções oferecidas, destacaria M&A, fund raising, produtos estruturados como FIDCs para fintechs, além de toda a gama de serviços financeiros do Bradesco,” finaliza Danilo.

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