A Mastercard anunciou hoje uma evolução substancial na forma como os pagamentos de produtos e serviços online serão feitos com seus cartões — num movimento que promete melhorar a experiência dos usuários e reduzir “dramaticamente” as fraudes. 

A Mastercard se comprometeu a ‘tokenizar’ 100% de seus cartões na Europa até 2030. 

Na prática, isso significa que os clientes não vão precisar mais inserir o número do cartão manualmente nas compras online — independente da plataforma ou device que estiver usando.

Como os cartões serão tokenizados, os 16 números exigidos hoje nas compras online serão substituídos por um token — provavelmente mais curto e gerado de forma aleatória. Bastará inserir esse token para validar a transação. 

A Mastercard disse que já está trabalhando com bancos, fintechs, varejistas e outros parceiros para viabilizar essa mudança nos próximos 6 anos na Europa, possivelmente fazendo o rollout para outros países depois disso. 

“Temos visto a tokenização ganhar tração na Europa em todo o ecossistema. A conveniência e a taxas menores de fraudes se vendem sozinhas,” Valerie Nowak, a vp de produtos e inovação da Mastercard Europa, disse num comunicado. 

“Estamos confiantes que atingir essa nossa visão em 2030 vai ser um ganha-ganha-ganha para os consumidores, varejistas e emissores de cartões.”

A Mastercard está apostando que a mudança será tão dramática quanto a transição para o modelo de chip e PIN foi no passado, ou, mais recentemente, a adoção dos pagamentos por aproximação, que hoje está amplamente disseminado nas economias desenvolvidas. 

“Os pagamentos por aproximação tornaram os pagamentos presenciais fluídos e rápidos; há uma oportunidade de levar a mesma experiência para as compras online,” disse a empresa. 

A Mastercard também garantiu que a tokenização dos cartões vai aumentar as taxas de aprovação das transações, ao mesmo tempo em que vai reduzir “dramaticamente” as fraudes, que estão disparando nos últimos anos. 

Segundo um estudo da Juniper Research, as perdas por fraudes online devem ultrapassar os R$ 91 bilhões globalmente em 2028.