O Governo está indicando um cientista respeitado e dono de uma trajetória empresarial para o conselho da Petrobras.
O indicado é Nivio Ziviani, professor emérito de ciência da computação na Universidade Federal de Minas Gerais que fundou três startups e vendeu duas, uma delas para o Google.
Seus principais tópicos de pesquisa: algoritmos, recuperação de informação e aprendizado de máquina (‘machine learning’).
Ziviani traz uma perspectiva única para a Petrobras num momento em que a indústria de petróleo cada vez mais usa inteligência artificial para aumentar a taxa de acerto na prospecção, entre outros usos.
No final dos anos 90, Ziviani fundou a Miner, uma empresa de data mining, com um ex-aluno, Victor Ribeiro. Para sua tese de mestrado, orientada por Ziviani, Victor pesquisava robôs eletrônicos capazes de realizar buscas na internet com maior eficiência. Com pouco mais de um ano, a Miner foi vendida para o UOL.
No ano seguinte, Ziviani e outros professores da UFMG — Berthier Ribeiro Neto, Ivan Moura Campos e Alberto Laender — fundaram a Akwan, uma empresa de ferramentas de busca e gestão da informação na web. Em 2005, o Google comprou a empresa e a usou como base para abrir em Belo Horizonte seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento na América Latina.
Ziviani também é membro da Academia Brasileira de Ciências e da Ordem Nacional do Mérito Científico na classe Grã Cruz.
No dia 2, as renúncias de Nelson Carvalho e Francisco Petros abriram duas vagas no conselho. A terceira veio com a renúncia de Durval Soledade no dia 14 deste mês.
Agora, duas destas três vagas estão preenchidas. Além de Ziviani, o Governo já nomeou João Cox.