Preparando-se para um IPO em 2019, o Uber está mudando.
 
A companhia — cuja imagem foi abalada pelo comportamento juvenil do fundador Travis Kalanick — acaba de nomear um chairman com experiência robusta em conselhos.
 
Ronald Sugar tem 70 anos e foi chairman e CEO da fabricante de sistemas de defesa Northrop Grumman de 2003 a 2010.  Ele também está no board da Chevron, da empresa de biotecnologia Amgen, e da Apple. 
 
Sugar também é ‘senior advisor’ da Bain & Company e do Temasek Americas Advisory Panel, um grupo de executivos que assessora o fundo soberano de Singapura em seus investimentos nas Américas.
 
A escolha de Sugar é resultado de uma busca que durou quase um ano.
 
Travis, que fundou a companhia e também era o CEO, foi forçado a renunciar em junho do ano passado depois que uma série de escândalos atingiu a companhia, incluindo acusações de sexismo e assédio sexual. Ele foi substituído pelo ex-CEO da Expedia, Dara Khosrowshashi.
 
Pouco depois de Dara assumir, alguns acionistas do Uber aceitaram uma oferta de um consórcio liderado pelo SoftBank para vender suas ações. Estes investidores compraram 17,5% do Uber pagando US$ 33 por ação. Foi um ‘down round’: o valuation implícito — US$ 48 bilhões — era um enorme desconto em relação aos US$ 67,5 bi que o Uber valia numa rodada 18 meses antes.
 
Como parte do novo pacote de governança — desenhado para garantir poder a Dara e isolar Travis — o Uber aumentou seu board de 11 para 17 pessoas; três dos assentos ainda estão vagos. Além dos novos conselheiros, a empresa também está buscando um CFO.