Em tempo de capturar o FGTS, o Magazine Luiza vai aumentar sua base de lojas em pelo menos 5% até o final do ano, penetrando estados onde até agora estava ausente e reiterando sua aposta na estratégia omnichannel em meio a uma maior assertividade da Amazon no Brasil.

Só hoje, o Magazine está inaugurando 19 lojas no Pará, estado onde até agora não tinha presença.  Outras 31 lojas serão abertas no estado nos próximos dois meses.

Em agosto, o Magazine abriu lojas em Mato Grosso, e pretende abrir um número indeterminado até o fim do ano. Outro mercado virgem a ser atacado ainda este ano: o Distrito Federal.

No final de agosto, o Magazine tinha 1.000 lojas.

Hoje, no Pará, clientes formavam filas quilométricas esperando a abertura das lojas, em cidades como São Domingos do Capim, Novo Repartimento e Conceição do Araguaia, segundo cenas postadas pela empresa em seu Instagram.

10142 99f132f6 2295 0149 0297 595eda65f584“Estamos investindo pesado em capilaridade,” o CEO Frederico Trajano disse ao Brazil Journal enquanto almoçava em Belém. “O foco é termos prazos de entrega muito superiores aos dos concorrentes. Já fazemos mais de 60% das entregas em até dois dias. E vamos melhorar. Você só consegue isso se tiver estoque próximo dos clientes. Temos agora 17 full-distribution centers e mais de 1.000 lojas que funcionam como mini centros de distribuição — 30% da área delas é para armazenagem e para processamento de ordens online.” 
 
A blitzkrieg paraense vem no momento em que o mercado de capitais se preocupa com a crescente agressividade da Amazon no Brasil.
 
Depois que a Amazon lançou o Prime no Brasil, na semana passada, as ações do Magazine e Via Varejo sofreram temporariamente, mas já negociam próximo de onde estavam no dia anterior ao anúncio.
 
“Essas cenas do Pará mostram que o Brasil é enorme e, enquanto a Amazon é pouco conhecida da população mais pobre, o Magazine traz o público e se comunica com as classes C e D de um jeito único,” diz um gestor comprado no Magazine.  “Quando o cara se comunica bem e tem uma presença física, ele fica bem posicionado para baratear os custos de entrega e passa a ser um player relevante na região. …  Tem mercado pra todo mundo:  a gente fica com medo da Amazon mas o mercado brasileiro ainda é muito pouco servido, e às vezes os gestores focam muito no seu próprio padrão de consumo e não no Brasil real.” 
 
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