O IBGC nasceu há 25 anos em torno da ideia da disseminação das boas práticas de governança corporativa nos conselhos de administração.

Inspirados pelo legado de nossos fundadores, ao longo de nossa jornada incluímos novos temas e questões a um repertório que consolidou a governança como uma preocupação indispensável para qualquer organização.   

Agora, os dramas, aflições e transformações de 2020 estão provocando uma reflexão sobre o futuro que desejamos. 
 
Voltaremos ao “normal” anterior à pandemia ou estabeleceremos um novo contexto de desenvolvimento pautado pelos aspectos ambientais, sociais e de governança (ASG)? E qual é o papel dos líderes das organizações nesse novo momento?

Como a principal casa da governança no Brasil, o IBGC acredita na busca de soluções inovadoras e coletivas que visam o bem comum. Para contribuir com o debate público, lançamos a Agenda Positiva de Governança, cujo objetivo é engajar os líderes – sócios, acionistas, conselheiros e executivos – na adoção de medidas de governança em suas organizações, sejam elas privadas, públicas ou do terceiro setor. 

Essas medidas se apoiam em seis pilares. 
 
O primeiro pilar trata de Ética e Integridade, colocando o tema como um imperativo moral e um fator decisivo para a continuidade dos negócios. A mensagem transmitida aos líderes é a necessidade de construção de um ambiente organizacional baseado na confiança, no respeito, na empatia e na solidariedade.

O pilar seguinte aborda o tema da Diversidade e Inclusão. Aqui os líderes são convocados a agirem com urgência para assegurar tratamento justo e oportunidades iguais para todos, sobretudo na promoção de equidade de gênero e raça.

O pilar Ambiental e Social destaca que os líderes precisam integrar a gestão de impactos à estratégia do negócio, interagindo e colaborando com os diversos setores da sociedade.

O quarto pilar reforça que Inovação e Transformação Digital devem ser o alicerce de um crescimento sustentado das organizações. Os líderes devem gerenciar os riscos desse processo e ter disciplina para colher os resultados das ações no tempo certo.

O quinto pilar recomenda que Transparência e Prestação de Contas estejam presentes no diálogo aberto das organizações com as partes interessadas, gerando um ambiente mais confiante e melhores resultados.  

Por fim, o pilar de Conselhos do Futuro indica que os conselheiros são agentes essenciais para promoção das transformações necessárias.

 
Para dar tangibilidade a esses pilares, o IBGC elaborou 15 medidas que funcionam como propostas de ação para os líderes aplicarem em suas organizações, independentemente do porte e do setor de atuação.
 
As medidas estão organizadas de forma transversal em relação aos seis pilares. Elas convidam os líderes a refletir sobre como seus comportamentos impactam a organização e a sociedade. Indicam a importância do propósito e da cultura organizacional na geração de valor. Reiteram que o relacionamento com as partes interessadas deve ser pautado por princípios de integridade. E destacam a importância de um ambiente de negócios mais íntegro, transparente, seguro, sustentável, diverso, inclusivo e inovador.  

Os caminhos de aprendizagem das organizações dentro desses temas são complexos. É um momento de novas descobertas para todos. 
 
O IBGC quer ser o fórum para o debate desta agenda, um espaço de troca, aprendizado e fomento de novas ideias rumo a uma governança que inspira, inclui e transforma.

Acesse www.agendapositivadegovernanca.com para saber mais.

 
Pedro Melo é diretor-geral do IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.

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