Um dos maiores fundos de investimento do mundo, o Farallon Capital Management acaba de levantar US$ 1,12 bilhão para investimentos em private equity na Ásia e na América Latina.
 
Os recursos foram captados por dois fundos pré-existentes: o Farallon Asia Special Situations III, L.P. e o Farallon Asia Special Situations Master III, L.P. Apesar dos nomes, ambos têm mandato para investimento na América Latina.
 
A partir de sua sede em São Francisco, o Farallon administra cerca de US$ 20 bilhões em todo o mundo; a maior parte de seus investidores são endowments de universidades americanas, fundos de pensão e fundos soberanos.
 
Somados ao capital já existente no principal fundo do Farallon, o Brazil Journal estima que os novos recursos dão ao Farallon uma capacidade de investimento no Brasil entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão nos próximos três anos.
 
O sócio do Farallon responsável pelos investimentos na América Latina é Daniel Goldberg, ex-presidente do Morgan Stanley no Brasil e ex-secretário de direito econômico do Ministério da Justiça.
 
Seu track record tem sido o de operações estruturadas que frequentemente misturam dívida, participação acionária, retornos preferenciais e a exigência de garantias.
 
Em 2014, junto com a HSI Investimentos, o Farallon comprou participações em 17 empreendimentos da PDG Realty, injetando liquidez num momento em que o mercado de crédito já estava fechado para a incorporadora.
 
Goldberg também tem focado nas oportunidades de negócio que surgiram com a restrição de crédito que afeta a Odebrecht em meio aos desdobramentos da Lava Jato.
 
Ontem, o Farallon concluiu uma operação pela qual emprestou R$ 350 milhões à Odebrecht Rodovias por meio de uma debênture conversível em ações da empresa. 
 
Seis meses atrás, o Farallon investiu outros R$ 300 milhões para adquirir o controle de uma subsidiária da Odebrecht Ambiental dona de quatro ativos de tratamento de água e esgoto.

 
Goldberg também tem investido no Peru: o Farallon recentemente financiou a construção do maior hospital do País e a compra de uma emissora de TV por um fundo de private equity local.